A Palavra se faz vida

A missão de Jesus

Lc 4,14-22

Por Pe. Geraldo Martins 

Jesus está, de novo, em sua terra, Nazaré, na Galileia, pregando e ensinando “com a força do Espírito” (Lc 4,14). Na sinagoga, num sábado, ele proclama o texto de Isaías que define sua missão: anunciar a Boa Nova aos pobres, proclamar a libertação dos cativos, dar vista aos cegos, libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor (cf Lc 4,18-19). Esse é seu programa de vida.

No centro de sua missão está, portanto, a vida e a liberdade dos pobres e oprimidos. Essa deve ser também nossa missão se quisermos nos identificar como seus discípulos e discípulas. O Papa Francisco manifesta seu desejo de uma “Igreja pobre para os pobres” (EG 198), fazendo-nos lembrar a “opção preferencial pelos pobres” assumida pela Igreja da América Latina na Conferência de Medellin (1968).

Ensinam os bispos da América Latina que é preciso distinguir entre pobreza como carência dos bens necessários para uma vida digna, pobreza espiritual e pobreza como compromisso. A primeira “é um mal em si”; a segunda é “a atitude de abertura para Deus, a disponibilidade de quem tudo espera no Senhor” e a terceira é “assumida voluntariamente e por amor à condição dos necessitados deste mundo, para testemunhar o mal que ela representa e a liberdade espiritual frente aos bens do Reino” (cf. Documento de Medellin, n. 14).

Nunca é demais recordar que a “opção pelos pobres é mais uma categoria teológica que cultural, sociológica, política ou filosófica” (Papa Francisco, EG 198) e que ela está “está implícita na fé cristológica naquele Deus que se fez pobre por nós, para enriquecer-nos com a sua pobreza (cf. 2 Cor 8,9)(Bento VI).

Urge reafirmar nossa opção pelos pobres, sobretudo na atual conjuntura em que cresce a desigualdade social fazendo aumentar a dor e o sofrimento dos que a sociedade exclui e descarta. Lembremo-nos de que “assumindo com nova força essa opção pelos pobres, manifestamos que todo processo evangelizador envolve a promoção humana e a autêntica libertação ‘sem a qual não é possível uma ordem justa na sociedade’” (Documento de Aparecida, 399).

Senhor, ajuda-nos a viver a autêntica opção pelos pobres assim como fez teu Filho Jesus, nosso libertador. Amém.

Comentários

  1. Que fizemos o nosso olhar em Jesus , só Ele tem o poder de nós guiar o caminho da luz e do bem , ajudando - nos a viver a autêntica opção pelos pobres. Jesus nossa força e Nossa luz sede a nossa Salvação !!

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  2. Na verdade, Deus aprecia e espera de nós tudo aquilo que nos leva ao amor autêntico com nossos irmãos. O evangelho de hoje nos ajuda, portanto, a descobrir a dimensão da caridade ... Em outras palavras, o evangelho nos ensina que há mais alegria em dar do que em receber.

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  3. Na vida do cristão não há lugar para incoerências. Aquele que ama a Deus, ame também os seus irmãos e irmãs. Primeira João 4, 19-5, 4
    O nosso mundo precisa ser salvo!Essa palavra é muito atual, pois nossa cabeça, fartamente bombardeada pelos noticiários da televisão, pensa dia e noite, na violência, na corrupção, na fome... No entanto o "médico" já esteve aqui, o "remédio" já foi receitado. Quem crer...será salvo. O amor, quando se faz carne? Liberta e renova a terra dos homens e mulheres.
    Cumpriu-se o tempo da redenção, e Jesus nos oferece as primícias dessa revelação sublime
    Com o evangelho a leitura e o salmo nos faz lembrar do escritor desconhecido, que fala do quarto rei mago JESUS ao encontrar com ele depois de anos de procura, o mago sente fracassado, Jesus o consola, Jesus fala você não falhou pelo contrário você me encontrou por toda sua vida! Me vestiu, me deu comida, me deu de beber, me visitou na prisão. Eu estava em todas as pessoas pobres que você assistiu no seu caminho. OBRIGADO por tantos presentes de amor! Agora você estará comigo para sempre porque o céu é a sua recompensa

    Senhor, nos ajuda a dar continuidade ao seu trabalho a ajudar todas as vezes que nossos irmãos e irmãs mais pobres precisarem, nessa nossa caminhada
    Chamada vida.



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  4. 'Nunca é demais recordar que a “opção pelos pobres é mais uma categoria teológica que cultural, sociológica, política ou filosófica” (Papa Francisco, EG 198) e que ela está “está implícita na fé cristológica naquele Deus que se fez pobre por nós, para enriquecer-nos com a sua pobreza (cf. 2 Cor 8,9)” (Bento VI).'

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  5. Jesus, nós sabedoria para olhar e reconhecer as reais necessidades do seu povo.

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