A Palavra se faz vida

Nossa missão: evangelizar 

Mc 16,15-18

Por Pe. Geraldo Martins

Celebramos, hoje, a festa da Conversão de São Paulo. O evangelho proclamado nesta festa traz a missão que Jesus confia aos apóstolos de anunciar a Boa Nova a todos os povos a fim de que experimentem a salvação. 

O caráter universal da missão não deixa dúvidas de que Jesus veio para todos e que depende de cada um aceitar ou não a salvação que Ele nos mereceu gratuitamente. Daí a afirmação: “Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado” (Mc 16,16).

A evangelização faz parte da natureza da Igreja. "A Igreja existe para evangelizar, ou seja, para pregar e ensinar, ser o canal do dom da graça, reconciliar os pecadores com Deus e perpetuar o sacrifício de Cristo na santa missa, que é o memorial da sua morte e gloriosa ressurreição", ensina São Paulo VI (Evangelii Nuntiandi, 14). Como membros da Igreja, todos os batizados têm a responsabilidade de anunciar o Evangelho a quem ainda não o conhece ou dele se afastou. “Quem se abriu ao amor de Deus, acolheu a sua voz e recebeu a sua luz, não pode guardar este dom para si mesmo. Uma vez que é escuta e visão, a fé transmite-se também como palavra e como luz”, lembra o papa Francisco na encíclica Lumem Fidei (n. 37).

A fé nos reveste de uma força transformadora e nos faz participantes da missão de Cristo. A conversão de São Paulo é reveladora de como o encontro com Cristo nos torna novas criaturas. O apóstolo dos gentios torna-se exemplo e testemunho do quanto o amor de Cristo nos impele a amar e servir.

A respeito deste grande apóstolo escreveu São João Crisóstomo: “Só se alegrava no amor de Cristo, que era para ele o maior de todos os bens; com isto julgava-se o mais feliz dos homens; sem isto, de nada lhe valia ser amigo dos senhores e poderosos. Com este amor preferia ser o último de todos, isto é, ser contado entre os réprobos, a encontrar-se no meio de homens famosos pela consideração e pela honra, mas privados do amor de Cristo. Para ele, o maior e único tormento consistia em separar-se de semelhante amor; esta era a sua geena, o seu único castigo, o infinito e intolerável suplício”.

Senhor, dá-nos a graça de anunciar com alegria e entusiasmo o Evangelho da libertação a nossos irmãos e irmãs, imitando o exemplo e o testemunho de São Paulo. Amém!