A Palavra se faz vida

Igual ao Pai

Lc 5,17-30

Por Pe. Geraldo Martins

Ao responder aos judeus que querem matá-lo por curar em dia de sábado e por chamar a Deus de pai (Jo 5,18), Jesus mostra a unidade que há entre Ele e o Pai. Esta unidade se expressa, por um lado, na dependência de Jesus do Pai – “o Filho não pode fazer nada por si mesmo; ele faz apenas o que vê o Pai fazer” (Jo 5,19) -, e, por outro, na sua igualdade com o Pai – “assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá a vida, o Filho também dá a vida a quem ele quer” (Jo 5,21).  

Acolher Jesus como o enviado do Pai e acreditar em sua palavra é condição para se alcançar a vida eterna. A Ele caberá o julgamento justo que expressa a vontade do Pai que o enviou, fazendo ressuscitar para a vida os que fizeram o bem e, para a condenação, os que praticaram o mal (cf Jo 5,29-30). Entendemos, assim, que o poder de ressuscitar os mortos e de julgar todas as pessoas que Jesus se atribui, exclusividade de Deus, mostra que Ele era, de fato, de condição divina.

Esta palavra de Jesus deve nos encorajar e nos levar a uma adesão incondicional à sua pessoa, na confiança de que Ele é nossa salvação. Crer nele é crer em Deus que o enviou como prova da radicalidade de seu amor por nós. Deixemo-nos guiar por sua palavra e experimentaremos a vida que Ele nos trouxe. Quem o ouve jamais se decepciona e tem alimentada sua esperança, sobretudo, quando atravessa a noite escura do sofrimento, da dor, do medo e da insegurança.

Ó Pai, dá-nos o dom da fé que nos faz crer em teu filho Jesus que é um contigo, age em teu nome e nos dará a vida nova para a qual nos criaste. Amém.