A Palavra se faz vida

Não julgar para não ser julgado

Mt 7,1-5 

Por Pe. Geraldo Martins



A prática de julgar os outros é mais comum do que podemos imaginar. E sempre o fazemos na perspectiva negativa e condenando-o segundo nossos critérios. Quando agimos assim, fazemo-nos juízes uns dos outros e não irmãos, como deveria ser. Julgando os outros, julgamos a nós mesmos – “serão julgados com o mesmo julgamento com que julgarem; e serão medidos com a mesma medida com que medirem” (Mt 7,2).

Não raras vezes, o julgamento que fazemos tem viés moralista. Apresentamo-nos superiores e melhores do que aqueles a quem julgamos. Numa contradição de estarrecer, vemos o cisco no olho de nosso irmão, mas não a trave que está em nosso próprio olho. Isso, diz Jesus, é hipocrisia e das grandes! Julgando-nos mais santos e puros, somos muito ágeis para ver e condenar o erro dos outros, porém, ignoramos nosso próprio erro, muitas vezes, maior que o de nosso irmão.

Diz o papa Francisco que quem julga “coloca-se no lugar de Deus, considera-se Deus e duvida da palavra de Deus”. E acrescenta: “é muito feio julgar: deixemos o julgamento só a Deus, só a ele! A nós compete o amor, a compreensão, rezar pelos outros quando vemos coisas que não são boas”.

Quando tivermos a tentação de julgar o outro, “olhemo-nos no espelho” para não sermos hipócritas, colocando-nos no lugar de Deus. Lembremo-nos de que nosso julgamento “é pobre: falta algo tão importante que o juízo de Deus possui, falta a misericórdia” (Papa Francisco – 20/06/2016)

Senhor, dá-nos a luz de teu Espírito  a fim de reconhecermos nossos próprios limites e livra-nos da tentação de julgar nossos irmãos e irmãs. Amém!

Comentários

  1. "Senhor, dá-nos a luz de teu Espírito  a fim de reconhecermos nossos próprios limites e livra-nos da tentação de julgar nossos irmãos e irmãs. Amém!"

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  2. A palavra de Deus é viva e eficaz, ela julga os pensamentos e as intenções do coração .
    Tira primeiro a trave do teu próprio olho.
    Quantas vezes julgamos o outro sem dar a oportunidade de se defender? Quantas vezes condenamos o outro sem ele saber porque está sendo condenado? Porque alguém falou dele, ou dela, aí eu já não gosto, já estou armada contra a pessoa, já fazemos o julgamento e condenamos.

    Na leitura de hoje, vamos ver que os filhos de Israel pecaram contra o Senhor, Ele os rejeitaram para longe da sua face.

    Senhor, perdoa os nossos pecados,
    Nos ajuda a combater o vícios de julgar negativamente as ações e as atitudes do outro, dai-nos Senhor a tua luz e nos livra da tentações do julgar, nos ajuda a reconhecermos que somos pecadores, amém

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  3. Pedimos a Deus e ao espírito santo, para que não nos coloquemos no lugar de Deus, pra não julgar nossos irmãos!!

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  4. Corrijamos nossos corações em primeiro lugar. Não julguei para não seres julgados, reconhecemos humildemente os nossos erros e limitações. Que Deus nos dê a graça de termos um olhar compassivo, saber apreciar mais as virtudes do que os defeitos das pessoas.Se julgarmos que seja para o bem, nunca para destruir. Me Jesus eu confio em Vós !!

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  5. Tudo o que nós esperamos dos outros, precisamos também viver. Quando olhamos para o outro e logo “enxergamos” as suas falhas, nós inconscientemente estamos descobrindo também as nossas limitações, por isso, o erro do outro chama tanto a nossa atenção e tem tanto peso para nós.

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  6. Perdoai-nos ó Pai, as nossas ofensas, como nós perdoamos a quem nos ofendeu.Se eu não perdoar meu irmão, o senhor não me dá o seu perdão.Eu não julgo para não ser julgada, perdoando é que serei perdoada.

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