A Palavra se faz vida

Fé, humildade e bondae

Lc 7,1-10

Por Pe. Geraldo Martins 

Em sua missão de salvar e libertar, Jesus não faz diferença de pessoas. O critério básico para que alguém sinta a força libertadora de Jesus é a fé. Esta é a condição básica para que a vida nova trazida por Jesus, sinal de seu Reino entre nós, floresça no coração de quem a busca.

Vemos isso neste trecho do evangelho de Lucas quando Jesus se dispõe a ir ao encontro de alguém que estava à beira da morte (cf. Lc 7,2). Há, aqui, pelo menos quatro detalhes interessantes. Primeiro: quem intercede pelo doente é o seu patrão, que é um oficial romano; segundo, esse patrão é estrangeiro, portanto, não professa a mesma fé do povo judeu; terceiro, não é ele quem vai ao encontro de Jesus, mas envia mensageiro, julgando-se indigno de estar com Jesus; quarto, os mensageiros dão testemunho muito positivo do oficial romano.

Ao demonstrar admiração pela fé do oficial romano que dissera - “Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. Nem mesmo me achei digno de ir pessoalmente ao teu encontro” (Lc 7,6-7), Jesus realiza seu pedido, curando seu empregado. Observemos que Jesus age pelo testemunho de fé do centurião e não pelo elogio que recebe de seus mensageiros – “ele merece que lhe faças este favor, porque ele estima o nosso povo. Ele até nos construiu uma sinagoga" (Lc 7,4-5).

A fé desse centurião vem acompanhada de uma humildade encantadora, além do amor ao seu servo. Reconhece sua pequenez e a grandeza de Jesus – “ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado” (Lc 7,7). Ele nos convida, assim, a confiar na força da palavra de Jesus. Como precisamos aprender essa lição: crer sem colocar condições!

Ó Cristo, dá-nos uma fé que se alimente da humildade e da bondade para recebermos sempre a graça da vida nova que nos ofereces pela força de tua palavra. Amém!