A Palavra se faz vida

Abrir-se ao novo

Mc 2,18-22

Por Pe. Geraldo Martins

Jesus revela um novo jeito de relacionar-se com Deus que causa reações imediatas em quem estava acostumado com as normas judaicas. No texto de hoje, vem à tona a questão do jejum, prática comum de penitência, realizada pelos judeus à espera do Messias. Eles estranham que os discípulos de Jesus não jejuem, ao contrário dos discípulos de João Batista e dos fariseus.

Em sua resposta, Jesus explica que o jejum é desnecessário uma vez que o Messias já chegou. O jejum só voltará quando Jesus não mais estiver fisicamente entre nós. Mesmo assim, com um sentido novo e não mais como era praticado pelos judeus. É isso que Jesus ensina. No entanto, não se pode afirmar que todos tenham compreendido e aceito.

A Igreja procura responder aos tempos atuais com práticas que, de fato, tenham incidência na vida das pessoas e na realidade. Muitas vezes, evocamos práticas e costumes antigos que já são obsoletos e não respondem mais aos desafios postos à evangelização. Insistimos em remendar roupa velha com pano novo, fazendo exatamente o contrário do que diz Jesus. Não nos abrimos ao novo e nos escandalizamos quando a Igreja propõe caminhos novos que exigem o abandono de práticas antigas. O Documento de Aparecida afirma que é preciso “abandonar as estruturas caducas” que não respondem mais à evangelização atual.

Diz Aparecida: “Nenhuma comunidade deve isentar-se de entrar decididamente, com todas as forças, nos processos constantes de renovação missionária e de abandonar as ultrapassadas estruturas que já não favoreçam a transmissão da fé” (DAp 365). E nós, o que fazemos?...

Senhor, dá-nos a verdadeira compreensão das práticas de piedade que nos fazem sentir o amor e a libertação que teu Filho nos mereceu. Amém!

Comentários

  1. Na leitura de hoje tirada da Carta aos Hebreus. Deus conta com o humano para levar adiante o seu projeto, por isso é Ele quem preenche nossa condição humana e sustenta o chamado.
    O sacerdote é escolhido por Deus e, mesmo vivendo sua limitação humana, deve exercer com dignidade seu ministério, e entregar-se ao serviço para o qual foi chamado.

    Os cristãos vivem na certeza da presença de Cristo e na esperança de sua misericórdia, por isso, devem também ter o espírito do Reino. Jesus deseja que os discípulos tenham um horizonte novo de vida, e que se empenham com alegria,festivamente, na vida de amor e de fraternidade.

    Senhor, nos ajuda a compreender verdadeiramente a tua palavra os teus ensinamentos, pois tu és eternamente sacerdote. Saber colocar em prática a palavra do Senhor ao meu Senhor. E nos liberta dos inimigos, é juramento Seu e sua palavra é mantida, nos ajude a sentir o teu amor e a tua libertação. Amém

    ResponderExcluir

  2.             Pai, a presença de Jesus na nossa história é motivo de grande alegria. Que a minha alegria consista em construir um mundo de amor e de fraternidade, como ele nos ensinou.

    ResponderExcluir
  3. Senhor, ajuda- me a buscar sempre as renovações e nunca ficar presa naquilo que contradiz com seu projeto de vida nova libertada e libertadora.Amem!

    ResponderExcluir
  4. "Senhor, dá-nos a verdadeira compreensão das práticas de piedade que nos fazem sentir o amor e a libertação que teu Filho nos mereceu. Amém!"

    ResponderExcluir

Postar um comentário