A pergunta que muda nossa vida
Por Pe. Geraldo Martins
A nossa relação com Jesus não é diferente. Se não tivermos
clareza de quem Ele é e o que Ele significa em nossa vida, enganaremos a nós
mesmos ao afirmar que somos cristãos. Daí a importância de buscarmos,
cotidianamente, no mais profundo de nosso intimo, a resposta à pergunta que
Jesus faz aos seus discípulos no evangelho de Marcos proclamado na liturgia de
hoje: “E vocês, quem dizem que eu sou?”
Ao contrário do que muitos pensam, não é tão simples
responder a essa pergunta. O povo, que presenciara tantos sinais realizados por
Jesus, não foi capaz de reconhecer sua verdadeira identidade e o confundia com
um profeta. Mesmo Pedro, que respondera corretamente, demonstrou não ter
clareza de quem era Jesus ao reagir negativamente à revelação que Jesus lhes
fizera sobre sua paixão, morte e ressurreição. É chamado de ‘Satanás’ pelo
próprio Cristo por se colocar como obstáculo à missão de Jesus (Mc 8,33).
Esta incompreensão dos discípulos “não se refere à
verdadeira personalidade de Jesus, mas a respeito do mistério de sua morte”
(Bíblia de Jerusalém), ou seja, eles ainda não eram capazes de compreender o
mistério da ressurreição por meio da qual o Messias venceria o mal e a morte.
Ao meditar esse evangelho, devemos trazer sempre presente a
pergunta de Jesus: “para você, quem sou eu?”. Ela modifica nossa vida, desde
que não se torne apenas um clichê ou um chavão que a gente repete sem consciência
do quanto é profunda.
Quando esteve em Belo Horizonte, em 1º de julho de 1980, São
João Paulo II, falando aos jovens sobre esta passagem do evangelho, lembrou que
não basta falar de Jesus repetindo o que outros disseram dele, mas que "é
forçoso" cada um dizer o que pensa de Jesus. E acrescenta: “Os melhores
amigos, seguidores, apóstolos de Cristo foram sempre aqueles que perceberam um
dia dentro de si, a pergunta definitiva, incontornável, diante da qual todas as
outras se tornam secundárias e derivativas: ‘Para você, quem sou eu?’. A vida,
o destino, a história presente e futura de um jovem, depende da resposta nítida
e sincera, sem retórica nem subterfúgios, que ele puder dar a esta pergunta”
(01.07.1980).
Diante da pergunta de Jesus, com o filósofo Kierkegaard
rezamos: “Senhor Jesus, tu não vieste para ser servido, nem tampouco para ser
admirado ou, simplesmente, adorado. Desejaste, somente, imitadores. Por isso,
desperta-nos se estamos adormecidos nesta ilusão de querer admirar-te ou
adorar-te, em vez de imitar-te e parecer-nos contigo”. Amém!
Amém!
ResponderExcluirNa leitura tirada do livro do Gênesis. Somos aliados de Deus na construção do mundo, por isso devemos ser fiéis como ele é fiel à sua promessa .
ResponderExcluirA profissão de fé de Pedro é também a dos discípulos, a da igreja e a de todos os que creem verdadeiramente nele: "tu és o Messias".
Senhor, nos ajuda a servir a seu exemplo e não querer ser servido, nos ajude a ser um verdadeiro Cristo para os nossos irmãos e irmãs e ser seu verdadeiro imitador, e procurar conhecer de verdade os que convivi com agente, nos ensina a respeitar uns aos outros a aceita-los como você nos aceita, nos ajude a não querer obrigá-los as pensar com os nossos pensamentos, nos ajude a não machucar, a não excluir, nos ajude a compreender que você venho foi pra todos e todas. Assim como o Senhor olhou a terra do alto céu, olha pra nós também, e nos ajude a compreender que nem sempre estamos fazendo a sua vontade nos liberta dessa ilusão. Amém
Amém
ResponderExcluirAmém 🙏
ResponderExcluirJesus tu és o Filho do Deus vivo!
ResponderExcluirPai, revela-me a verdadeira identidade de Jesus, servo fiel, cuja vida esteve totalmente entregue em tuas mãos. E dá-me a graça de, como ele, ser fiel a ti.
ResponderExcluirSenhor... "desperta-nos se estamos adormecidos nesta ilusão de querer admirar-te ou adorar-te, em vez de imitar-te e parecer-nos contigo”. Amém!"
ResponderExcluirAmém.
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