A Palavra se faz vida

A força da oração

Mt 7,7-12

Por Pe. Geraldo Martins

No final do sermão da montanha, Jesus revela duas características que devem identificar a oração de seus discípulos: a insistência e a confiança. A primeira se revela nos verbos pedir, buscar e bater. Implica, portanto, ação objetiva, concreta, perseverante. De fato, a oração não comporta uma passividade que nos faz esperar que tudo caia do céu, mas exige o movimento de quem faz o que lhe compete para alcançar a graça de que necessita.

Quem faz assim, garante Jesus, é prontamente atendido pelo Pai e não conhecerá a decepção, nem a frustração. Eis a confiança que nasce da certeza da bondade de Deus, tendo como base a própria ação humana. Tal como um pai ou uma mãe é incapaz de dar coisa ruim a um filho, muito mais Deus, que é pura bondade e misericórdia, só dará coisas boas a quem a Ele recorre. Não é, portanto, uma questão de meritocracia, uma vez que a misericórdia de Deus transcende os limites e fraquezas da pessoa humana, socorrendo suas necessidades, independentemente de merecimento. Como isso nos consola e nos compromete!

Jesus retoma, neste contexto, a regra de ouro muito conhecida entre os judeus – “Tudo quanto quiserem que os outros lhes façam, façam também vocês a eles” (Mt 7,12) - e que aparece no Primeiro Testamento, embora na forma negativa -  “Não faça a ninguém o que você não quer que lhe façam” (Tb 4,15). Observemos que a forma positiva colocada por Jesus é mais exigente porque nos obriga agir em favor das pessoas, ou seja, praticar o bem. Tal como Deus é bom, também nós devemos ser bons. A regra, na sua forma negativa, parece que nos desobriga disso, bastando não fazer o mal.

A oração nos dá a consciência de nossa indigência e carência. Por isso, não devemos ter escrúpulos de suplicar constantemente a Deus que venha em nosso auxílio. É certo que Ele nos atenderá, ainda que nos julguemos indignos de sua graça e de seu amor. A ternura e o cuidado de Deus por seus filhos e filhas suplanta todo limite humano.

Senhor, ensina-nos a sermos bons como tu és bom. Ouve sempre nossa prece e nos nos desampare em nossas carências e necessidades. Amém!

Comentários

  1. "Senhor, ensina-nos a sermos bons como tu és bom. Ouve sempre nossa prece e nos nos desampare em nossas carências e necessidades. Amém!"🙏🫶

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  2. Na leitura de hoje tirada do livro de Ester. A rainha Ester até ela procura refúgio junto em Deus, no perigo de morte que cai sobre ela, ela súplica e revesti de roupas de aflições.

    Jesus nos garante nossa oração, se feita de modo adequado, Ele vem em nosso auxílio como convém.

    Senhor, dai-nos um coração semelhante ao teu , nos ajude a dar coisas boas como você nos dá. Escutai-nos ó Senhor recebe o nosso clamor as palavras do nossos lábios, obrigado Senhor por estender os vossos braços em nossos auxílio. Amém

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  3. Senhor, ensina-nos a sermos bons como tu és bom. Ouve sempre nossa prece e nos nos desampare em nossas carências e necessidades. Amém!

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  4. Pedi e receberei! Buscai e acharei! A ternura e o cuidado de Deus por seus filhos e filhas suplanta todo limite humano.

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