Produzir frutos
Por Pe. Geraldo Martins
No segundo episódio, Jesus está no Templo, centro da vida de Israel. Corrompido pelo sistema, o Templo deixou de ser mediação do encontro das pessoas com Deus para se tornar lugar da perdição, da exploração, da exclusão, da corrupção. De forma corajosa e profética, Jesus resgata o sentido original do Templo que é ser “casa de oração para todos os povos” (cf. Mc 11,17). Observe-se o detalhe: para todos os povos. A salvação que Jesus traz é universal.
A ira dos sumos sacerdotes e dos doutores da lei, que estudam uma
maneira de eliminar Jesus, é reação própria de quem é desmascarado e ameaçado
em seu poder.
De volta ao episódio da figueira, quando os discípulos veem
que está seca, Jesus ensina três práticas que se interpenetram e que devem
marcar a vida de seus discípulos: a fé, a oração e o perdão. A primeira nos faz
acreditar que Deus sempre nos ouve – “tenham fé em Deus” (Mc 11,22); a segunda,
sustentada pela primeira, nos faz apresentar a Deus aquilo de que necessitamos.
Quanto mais a oração resulta da fé, tanto mais é certo que Deus atende – “tudo
o que pedirem na oração, acreditem que já o receberam, e assim será” (Mc
11,24). A terceira é condição para se alcançar a graça da vida nova em Deus –
perdoar para ser perdoado (cf. Mc 11,26). Perdoar e ser perdoado é proprio de
quem crê e reza.
Diante desta palavra, somos convidados a voltar nosso olhar
para nossas comunidades e averiguar até que ponto elas se parecem com a
figueira condenada por Jesus – carregada de folhas, mas sem frutos; cheias de
atividades pastorais, porém, incapazes de transformar a realidade. Faz lembrar
comunidades que têm excesso de preocupação com a estética, sobretudo, em suas
liturgias, com organização impecável, mas ignoram o compromisso com a justiça
social, com a fraternidade universal, com a inclusão dos descartados.
Contribuímos para a conversão de nossas comunidades quando
nos deixamos conduzir por uma fé viva, verdadeira, autêntica, alimentada por
uma oração fervorosa que nos leva a perdoar nossos irmãos e irmãs, condição
para também recebermos o perdão. Deus, com sua graça e misericórdia, nos livre
da incredulidade, da indiferença e da omissão que nos fazem estéreis e nos
impedem de produzir os frutos que Jesus espera de nós.
Senhor, olha por nós e por nossas comunidades a fim de que produzamos frutos de conversão que nasce da fé e da oração. Amém!
Amém!
ResponderExcluirSenhor, olha para nós para quê possamos produzir frutos de conversão, que nasce da fé e da oração 🙏🙏🙏
ResponderExcluirAmém
ResponderExcluirMesmo mundo num desenvolvido, com muitos recursos e técnicas para o bem da humanidade, vemos ainda reinar a mentalidade que persegue, exclui, fere e mata o irmão. Existem muitos cristãos perseguidos em nosso mundo, principalmente onde ainda não foi plantada a semente do Evangelho de Cristo. Unidos como Cristão na oração e na mesma fé.
ResponderExcluirNão viemos por acaso a este mundo. Deus espera que nossos dons sejam colocados a favor dos outros, e nos tornemos uma entre "figueira" que dá frutos bons.
No livro do Eclesiástico leitura de hoje. Homens de Piedade e retidão deixaram suas marcas na história humana e Suas Obras são sempre lembradas; enquanto de outros nada sobrou.
Senhor, que todos nós possamos manifestar nossa fé legítima, sem agredir a do outro, olha por nós e por nossas comunidades a fim de que produzamos bons frutos de conversão que nasce da fé e da oração. obrigado por amar o seu povo de verdade. Amém
Amém!!
ResponderExcluir