A Palavra se faz vida

Qual a nossa reação?

Mt 9,32-38

Por Pe. Geraldo Martins

Ao devolver a palavra a um homem mudo, dominado pelo demônio, Jesus provoca reações diferentes. A multidão, composta pelos simples, humildes e sofredores, é tomada de admiração e de encantamento pelo feito de Jesus. Exclamou: “nunca se viu coisa igual em Israel” (Mt 9,33). É um suspiro de esperança como a dizer: “chegou nossa libertação, acabou nosso sofrimento!”. 

Na contramão dos pobres e simples, os fariseus desqualificam a ação de Jesus e atribuem a cura que ele realiza ao poder dos demônios (cf Mt 9,34). É a posição de quem, ancorado na presunção de julgar saber mais que os outros, fecha os olhos ao novo que Deus revela.

Nosso olhar para Jesus dependerá do lugar e da situação em que estamos. Se não formos capazes de nos rebaixar e nos colocar no lugar daqueles para quem Ele veio em primeiro lugar – os pobres, os marginalizados, os pecadores, os sofredores, os doentes... – teremos sempre a resistência dos fariseus. Este resistência nos leva ao fechamento ao amor e à misericórdia de Deus que libertam e salvam.

Identificado com o povo explorado e oprimido, Jesus mostra sua compaixão e sensibilidade para com seu sofrimento. Denuncia que a situação das multidões é como a de ovelhas sem pastor, ou seja, um povo que foi abandonado por suas lideranças, esquecido por aqueles que tinham o dever moral e ético de cuidar de sua vida.

Não temos também aqui ovelhas sem pastor? A quem servem as lideranças que deveriam cuidar do povo que sofre e clama por justiça e vida? Imploremos ao Senhor que envie trabalhadores/as para sua messe, que cuidem de Seu povo e não de si mesmos (cf Mt 9,38).

Ó Pai, concede-nos um coração misericordioso, capaz de se alegrar com a libertação que teu filho trouxe para os pobres e excluídos. Amém!

Comentários

  1. Leitura do livro do Gênesis.
    Deus quer que sejamos continuadores de sua obra salvadora, e nosso relacionamento com Ele deve ser o mais próximo possível, assim alcançaremos sua benção.

    Cristo, no alto da Cruz, arrancou-nos do chão dessa terra para nos elevar por sua misericórdia até junto do Pai. Nossa ingratidão fere a vida, o dom, a presença e a bondade de Deus e de nossos irmãos para conosco. Pecado é pura ingratidão. Por isso, precisamos continuamente da misericórdia divina pois ainda não somos tudo o que Deus espera e deseja de cada um de nós. Ele não nos deixa mudos e nos faz caminhar como rebanho certo do Senhor.
    De um lado está o povo entusiasmado com Jesus, do qual Ele tem compaixão, do outro os que se opõem a sua ação. E qual é a nossa atitude hoje?

    Senhor, conceda-nos um coração semelhante ao seu, misericordioso, que saiba alegrar com a libertação dos seus filhos, ouvi Senhor, o nosso clamor, escuta a nossa preces, e atenda o nosso clamor, que seja justificado a vossa face. Amém

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