A Palavra se faz vida

Em tudo a liberdade

Mt 17,22-27

Por Pe. Geraldo Martins

Jesus, mais uma vez, fala de sua paixão e morte, preparando os discípulos para o dia em que se entregará definitivamente para a salvação da humanidade. Isso causa tristeza aos discípulos. Jesus não foge à dor e ao sofrimento, embora não os desejasse. Ele os enfrenta na confiança que tem no Pai e por amor à humanidade.

Dor e sofrimento são próprios da vida. Ninguém de nós os procura ou deseja. Eles acontecem naturalmente. É verdade que muitos deles são evitáveis, outros nem tanto. Devemos nos preparar para enfrentá-los com serenidade tal como Jesus, sempre na perspectiva do amor e da libertação.

Outro tema que aparece neste texto de Mateus diz respeito à liberdade diante da lei. Trata-se aqui do pagamento de imposto de significado religioso – imposto do Templo (cf. Mt 17,24) -, uma taxa anual e pessoal para a manutenção do Templo. Não era o dízimo. Jesus estava isento disso, porém, para não escandalizar o povo, paga o imposto por ele e por Pedro. Podemos olhar esse gesto de Jesus também como um compromisso com a comunidade, com o coletivo.

A liberdade deve nos levar a agir sempre por amor e nunca por uma subserviência cega que, muitas vezes, traduz medo ou covardia. Assim devemos nos colocar tanto no campo religioso quanto no social, político e econômico. Escandalizamos quando, deliberadamente, agimos contra a organização da sociedade que visa o bem comum, a solidariedade, a justiça.

“A liberdade cristã não é nem observância da lei nem a transgressão da lei. A liberdade cristã é a liberdade de amar os irmãos. O amor ao irmão é a plena realização do ser humano e o perfeito cumprimento da lei” (Liturgia Diária O Pão Nosso de Cada Dia-2021).

Senhor, nós te pedimos que nos dês força a fim de vencermos a dor e o sofrimento que batem à nossa porta a exemplo de teu Filho que enfrentou a cruz e nela se entregou para nos libertar e salvar. Amém!

Comentários

  1. Afirmação de Jesus: "não há maior amor que der a vida pelo irmão", fez discípulos destemidos, como São Maximiliano Kolbe . Homem de Deus, de amor imenso para com Nossa Senhora para com o simples e para com deus Ponto diante da atrocidade da Guerra, se dispôs a morrer no lugar daquele pai de família: "Se o libertarem, eu morrerei em seu lugar" chamou de antes dos Soldados e daquele pai que pedia Clemência. Assim são os santos cheio de amor a ponto de dar a vida como Jesus.
    Jesus pre diz sua paixão; e o imposto pago ao tem
    templo não é uma concessão, e não obrigação.

    Senhor, dai-nos força... amém

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  2. A liberdade cristã é a liberdade do amor aos irmãos.

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