A Palavra se faz vida

Fazer-se pequeno

Mt 18,1-5.10.12.14

Por Pe. Geraldo Martins

A curiosidade dos discípulos que os leva a perguntar a Jesus quem é o maior no Reino de Deus pode ser também nossa. Afinal, tendemos sempre a pensar o Reino e seus valores a partir de categorias humanas, tendo nossa experiência como referência para falar do Reino. Daí a necessidade de saber quem é o maior no Reino, uma vez que a sociedade humana se estrutura hierarquicamente, distinguindo o maior do menor; o mais importante do menos importante ou insignificante.

A resposta de Jesus contraria a lógica humana ao apresentar uma criança como a grande referência do Reino. A criança é o pequenino que não pode ser desprezado. Quem quiser ser grande no Reino, precisa se fazer pequeno como criança aqui na terra (cf. Mt 18,4). 

Por que as crianças são referência para o Reino? Por que elas “sabem confiar, sabem que alguém se preocupará com elas, com o que hão de comer, com o que vestirão e assim por diante (cf. Mt 6, 25-32)” (Papa Francisco, ângelus 15.11.2017). Assim também o discípulo de Cristo deve colocar toda confiança em Deus e não em si mesmo, numa atitude de presunção e arrogância que o afasta do Reino.

O caminho, portanto, é a conversão sem a qual não se entra no Reino – “Se vocês não se converterem... vocês não entrarão no Reino” (Mt 18,3). A conversão, nesse contexto, implica o rebaixamento ao nível dos pequeninos representados ali pela criança. Quem são esses pequeninos que o Pai não quer que se percam? São as “crianças e meninos desprovidos e abandonados pelos grandes; pobres, humildes de condições, necessitados de toda espécie; pecadores” (Missal Cotidiano).

A comunidade dos cristãos tem o dever de proteger esses pequeninos. Ela só o faz a partir de uma conversão que leva seus membros a se identificarem com eles. Como temos protegidos os pequeninos do Pai? 

Senhor, dá-nos a graça de uma verdadeira conversão a fim de que, fazendo-nos pequenos, obtenhamos a graça de entrar no teu Reino. Amém!

Comentários

  1. Que bom seria se os povos estivessem sempre na Concórdia, assim a guerra não teria lugar entre nós Mas como Ainda precisamos de conversão, peçamos ao senhor que nos dê este espírito de vida e de evangelho. Assim como a criança tem necessidade de tudo e de todos, também nós dependemos de Deus; e por isso devemos querer o novo nascimento trazido pela conversão.

    Senhor, dai-nos um coração simples, confiante, como de criança e dai-nos a graça da verdadeira conversão. Amém

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  2. O discípulo de Cristo deve colocar sua confiança inteiramente nele e não em si mesmo. Dai- nós senhor uma verdadeira conversão para obtermos a graça de entrar no Reino.

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