Quando perder é ganhar
Por Pe. Geraldo Martins
Aos apóstolos André e Filipe que lhe comunicam o desejo de
alguns gregos que queriam vê-lo (cf. Jo 12,21), Jesus responde que chegou a
hora de sua glorificação e que esta vem de seu aniquilamento, de sua entrega na
cruz, de sua morte. Usa, para isso, a imagem do grão de trigo que, para
produzir fruto, é preciso, antes, ser lançado na terra e morrer (Jo 12,24).
Ensina o Papa Francisco: "Para produzir fruto Jesus viveu o amor até ao fim, deixando-se despedaçar pela morte como uma semente se deixa romper embaixo da terra. Precisamente ali, no ponto extremo do seu abaixamento — que é também o ponto mais elevado do amor — brotou a esperança" (12.4.2017)
O apego à própria vida é a incapacidade do sair de si mesmo,
do anular-se, no amor, em prol do outro tal como fez Jesus. “Fazer pouco da
própria vida” (cf. Jo 12,25), longe de desprezo pela vida, bem maior que Deus
nos deu, é sua máxima valorização na doação de si mesmo aos irmãos a exemplo do
próprio Cristo. É dessa maneira que o seguimos para estar com Ele a fim de
servi-Lo.
A história registra incontáveis testemunhas que viveram na
radicalidade esse evangelho. Um dos exemplos é Lourenço, martirizado em 258,
patrono dos diáconos. Servia ao Papa Xisto II, cabendo-lhe distribuir os bens
da Igreja aos pobres. Seus algozes imaginavam que ele fosse rico e queriam seus
bens. Ele, então, teria dito que sua única riqueza eram os pobres. Seguiu Jesus
Cristo na radicalidade do serviço e da pobreza, por isso, produziu frutos
abundantes.
Devemos, como Lourenço, fazer de nossa vida uma diaconia,
isto é, um serviço gratuito e generoso na comunidade. Fazer-nos trigo que cai
na terra e morre para produzir frutos. Estamos dispostos a isso?
Ó Cristo, queremos te servir de todo coração. Faz-nos
desapegados de nossa vida para que, doando-nos por amor, saibamos te servir em
cada irmão e irmã. Amém!
Amém
ResponderExcluirLeitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios.
ResponderExcluirÉ na solidariedade e na fraternidade que multiplicamos os bens para os outros e para nós mesmo, pois Deus abençoa todo aquele que pratica o bem e a caridade.
Quando nós dispomos a seguir sinceramente a Cristo, devemos nos entregar inteiramente para que seja autêntica nossa missão.
São Lourenço, diácono nos primeiros séculos do Cristianismo, foi mártir por sua fé professada em Cristo e por sua caridade aos pobres. Duas coisas são dignas de memória desse mártir: a crueldade de seu martírio e sua amável caridade e ajuda aos pobres . Obrigado pelo juiz a entregar os supostos tesouros da Igreja, contestou na presença dos pobres e dos enfermos:" Estes são os tesouros da Igreja". Os flagelos, as torturas e as chamas, tudo venceu por sua fé. Nos mártires de ontem e de hoje proclamamos a certeza da vida que vem de Cristo.
Senhor, nos ajude a te servir de todo o coração. Nos liberta do apego, nos ajude a nos doar pro amor e com amor a servir os nossos irmãos e irmãs. Que sejamos caridosos e prestativos e que sejamos justo. Amém
Para produzir frutos Jesus viveu o amor sem limites até o fim e nos convida a fazer o mesmo.
ResponderExcluirAmém!!
ResponderExcluirAmém
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