A Palavra se faz vida

O caminho da vida

Mt 16,24-28

Por Pe. Geraldo Martins

Seguir Jesus. Este é ideal de todo aquele que se apresenta como discípulo de Jesus. O que isso significa na prática? Significa aderir à sua pessoa e aos seus projetos com todas as consequências. Como alguém pode fazer isso? Renunciando-se a si mesmo e pegando sua cruz, tal como aconteceu com Jesus. Não é possível ser discípulo de Jesus negando a cruz.

Renunciar-se a si mesmo traduz-se na radicalidade de uma entrega à causa do Reino que, muitas vezes, implica dor, sofrimento, mas também alegria e esperança. “O verdadeiro cristão deve estar pronto a qualquer sacrifício para viver com Cristo e nele encontrar a verdadeira vida” (Missal cotidiano).

A convicção de que na cruz é que se vence a morte e o mal vem da palavra do próprio Cristo ao afirmar que “o Filho do Homem virá na glória do seu Pai e retribuirá a cada um de acordo com sua conduta” (Mt 16,27). Assim, longe de nos escandalizar da cruz, devemos abraçá-la como instrumento de nossa salvação. Fazemos isso quando nos consumimos em favor do outro no amor serviçal, especialmente, em favor dos que têm sua vida ameaçada, e sua dignidade ferida.

“Dedicar os próprios talentos, as próprias energias e o próprio tempo só para salvar, proteger e realizar-se a si mesmos, leva, na realidade, a perder-se, ou seja, a uma existência triste e estéril. Ao contrário, vivamos pelo Senhor e construamos a nossa vida no amor, como fez Jesus: poderemos saborear a alegria autêntica, e a nossa vida não será estéril, será fecunda” (Papa Francisco, 3.9.2017)

Senhor, queremos renunciar a nós mesmos, pegar a cruz e seguir teu Filho. Vem em nosso auxílio e ajuda-nos a viver esse ideal a fim de sermos contatos entre os discípulos e discípulas de Jesus Cristo e perseverarmos no caminho da vida.  Amém!