A Palavra se faz vida

Inclinar-se para servir

Lc 4,38-44

Pe. Geraldo Martins

A missão de Jesus é trazer vida e esperança para as pessoas. Quem se encontra com Ele faz essa experiência e tem sua vida transformada. Fixemos nosso olhar em dois gestos feitos por Jesus na passagem do evangelho proclamado na liturgia de hoje. Vejamos como esses gestos traduzem amor, ternura, cuidado, vida.

Para curar a sogra de Pedro, Jesus se inclinou sobre ela, “ameaçou a febre e a febre a deixou” (Lc 4,39). Inclinar-se! Fazer-se próximo ao máximo! É como se Jesus tomasse para si a febre que aquela mulher sentia. Ela fica curada e começa a servir. Eis a retribuição pela graça recebida: servir!

Muitas vezes, não conseguimos ajudar as pessoas porque nos falta essa capacidade de nos inclinar sobre elas, isto é, de fazer-nos próximos, rebaixar-nos, tocar; de nos fazermos um com a pessoa necessitada. Sem essa proximidade, dificilmente nossa presença ajudará as pessoas a saírem da febre que as impede de servir.

Perguntemo-nos: sobre quem devemos nos inclinar para retirar-lhes a febre que lhes rouba a vida e a alegria de servir? Quais são as febres que hoje levam as pessoas a se prostrarem e perderem o ânimo, a coragem e o desejo de viver?!

O segundo gesto de Jesus se dá com os outros doentes que eram levados a Ele. Sobre esses, Jesus colocava a mão e ficavam curados (Lc 4,40). O poder de cura vem pelas mãos. E nós, como usamos nossas mãos: para curar ou para maltratar? As mãos devem ser instrumentos da bênção de Deus, da cura, da força nova que vem de Deus. Quantos as usam para oprimir, ferir, roubar, matar...

Tal como Jesus, nossa missão é ajudar as pessoas a recuperarem sua vida. Nossos gestos contam muito. Eles têm gerado vida nova?

Ó Cristo, inclina também sobre nós e toca nosso coração para que, renovados por tua graça, curados de nossos males, sejamos instrumentos de vida e esperança para nossos irmãos e irmãs. Amém!

Comentários

  1. Quando experimentamos a dor e o sofrimento, experimentamos também nossos limites humanos . Sentimos nessa hora o quanto é importante a caridade dos outros e o quanto precisamos deles. Nessa hora, o maior conforto e consolo vem de Deus, demonstrados na caridade dos irmãos. A caridade para com os doentes nasce do evangelho, como também vem dele a verdade da fé no Deus que é Pai e nos envolve com sua misericórdia. Perder a fé é perder o sentido da própria vida.
    Jesus cura, ensina, perdoa liberta e a todos faz sentir o anúncio da palavra por isso Ele está sempre a caminho pelas estradas da Palestina e ao encontro das pessoas.

    Senhor, inclina sobre nós toca o nosso coração, cura as nossas feridas, e que sejamos instrumentos de esperança para nós nossos irmãos e irmãs. Amém

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  2. Assim como Jesus curou a sogra de Pedro ,que Ele continue curando nossas enfermidades e do mundo todo que tenta ficar possuído pelo espírito impuro.

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