A Palavra se faz vida

Sem medo de arriscar

Lc 19,11-28

Por Pe. Geraldo Martins

Esta parábola contada por Jesus, à semelhança da que se encontra em Mateus 25,14-30, ajuda-nos a compreender a presença do Reino de Deus no mundo. Jesus usa de um fato histórico – um homem nobre que viaja para ser coroado rei (referência a Arquelau, filho de Herodes, que vai a Roma para ser coroado rei) – para falar de sua paixão e de seu retorno no fim dos tempos. Revela que, nesse tempo, cabe aos seus discípulos agirem no mundo a fim de que nele seja manifestado o Reino de Deus.

As cem moedas de pratas entregues a cada uma dos dez empregados (algumas traduções falam em dez minas, uma para cada empregado), podemos interpretá-las como sendo o patrimônio do Reino que Jesus nos confia. Trata-se, portanto, dos valores do Reino que devem ser multiplicados. Cabe-nos agir para que cresça nos corações humanos o amor, a fé, a justiça, o perdão, a partilha e tudo aquilo que nos remete à pessoa de Jesus.

O medo de arriscar impede-nos de trabalhar para que rendam os dons que Deus nos confiou – “eu tinha medo de ti, porque és um homem severo” (Lc 19,21). O medo é próprio daqueles que desconhecem o amor e a bondade de Deus e o veem mais como juiz implacável do que como Pai amoroso – “recebes o que não deste e colhes o que não semeaste” (Lc 19,21).

Que esta parábola nos ajude a entender que “não devemos nos iludir com aquilo que somos e possuímos, cruzar os braços ou preocupar-nos com defender e conservar os dons recebidos” (Missal Cotidiano).  Ao contrário, devemos nos colocar em marcha e trabalhar com todas as nossas forças na construção de um mundo melhor, justo e fraterno, sem a preocupação de quando chegará o Reino definitivo.

Senhor, ajuda-nos a multiplicar os dons que nos deste enquanto aguardamos, na confiança e na alegria, a chegada de teu Reino definitivo. Amém!

Comentários

  1. Na leitura do segundo livro dos Macabeus.
    Os imperadores do mundo, no desejo satânico de destruir o povo de Deus, não resistem à afronta da fé inabalável como a dos irmãos Macabeus.
    O criador do mundo, que formou o homem na sua origem, vos dará de novo o espírito e a vida.


    Deus distribui seus dons a todos, e seu desejo é que façamos frutificar o que Dele recebemos .Essa é nossa missão.
    Nossa sociedade marcada pelo egoísmo, faz com que poucos impeçam a maioria de ter acesso à vida e a se desenvolverem como pessoas amadas por Deus.
    Deus concede dons às pessoas que, quando aceita os, geram vida e comunhão no Reino.

    Senhor, ajuda-nos a multiplicar os dons que nos deste escutai e atendei o nosso clamor nos ajude a aguardar com confiança e a alegria a chegada do vosso Reino. Amém

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  2. O medo de arriscar impede- nós de de trabalhar os dons que Deus nos concedeu e assim impedimos o crescimento do seu Reino.

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