A Palavra se faz vida

Vigiar e rezar

Lc 21,34-36

Por Pe. Geraldo Martins

Acompanhamos, nestes versículos, o final do discurso de Jesus sobre o fim dos tempos, prevenido os discípulos para o encontro com o Pai, no Reino.

Aqui, duas coisas chamam atenção. Em primeiro lugar, o risco que correm de serem apanhados de surpresa os que vivem sua vida “como se não houvesse amanhã”, como diz o poeta. Jesus chega a dizer: “cuidado para que os seus corações não fiquem insensíveis” (Lc 21,34). O que torna o coração insensível? Os prazeres da carne e do mundo: gula, embriaguez, preocupações com a vida (cf. Lc 21,34).

De fato, são muitos os que vivem voltados para essas preocupações e colocam as coisas de Deus de lado. Acham que não precisam de Deus e que lhes bastam a riqueza, o luxo, o poder, os bens materiais. É um engano! Tudo isso é vaidade.

Em segundo lugar, Jesus aponta o caminho para vencer essas tentações: a vigilância e a oração (Lc 21,36). Esta última é que nos torna fortes para derrotar as tentações que, permanentemente, batem à nossa porta e permanecer de pé diante do Filho do Homem, isto é, participar de seu Reino. E Jesus fala em rezar a todo momento.

Uma coisa é certa: nossas maiores fraquezas, tombos mais perigosos acontecem quanto negligenciamos nossa vida de oração. Esta não deve se resumir a fórmulas, mas a uma atitude amorosa e de confiança naquele que pode nos salvar. Daí a pergunta: como estamos em nossa vida de oração?

Senhor, vem em nosso auxílio e dá-nos ser vigilantes e perseverantes na oração a fim de termos a graça de participar de tua vida e de tua glória. Amém!