Quinta-feira – Oitava do
Natal
28 de Dezembro
Santos Inocentes –
Festa
Leituras:
1Jo 1,5-2,2
Sl
123(124),2-3.4-5.7b-8 (R. 7a)
Mt 2,13-18
Por Pe. Geraldo Martins
Chama nossa atenção celebrar, em meio às alegrias do Natal, o martírio das crianças inocentes, vítimas do ódio e da covardia de Herodes (cf. Mt 2,13-18). Escrevendo aos bispos em 2016 sobre os Santos Inocentes, diz o Papa Francisco:“A nosso malgrado, o Natal é
acompanhado também pelo pranto. Os evangelistas não se permitiram mascarar a
realidade para a tornar mais credível ou atraente; não se permitiram criar um
fraseado «bonito», mas irreal; para eles, o Natal não era um refúgio imaginário
onde esconder-se perante os desafios e injustiças do seu tempo. Ao contrário,
anunciam-nos o nascimento do Filho de Deus envolvido também numa tragédia de
dor”.
O martírio dos Santos Inocentes
faz-nos recordar a situação de milhões de crianças, no mundo, vítimas da
violência, da fome, da exploração e de tantas outras situações que roubam a
vida dos prediletos de Jesus. “Contemplar o presépio, isolando-o da vida que o
circunda, seria fazer do Natal uma linda fábula que despertaria em nós bons
sentimentos, mas privar-nos-ia da força criadora da Boa Nova que o Verbo
Encarnado nos quer dar. E a tentação existe...” (Papa Francisco, 2016).
O evangelho de Mateus, proclamado
na festa dos Santos Inocentes, mostra que Jesus é o novo Moisés cujo nascimento
também coincide com mortandade de crianças (Ex 1,8ss; Mt 2,13ss); ambos vão
para o Egito (Ex 3,10 e Mt 2,13s); em ambos, cumpre-se a profecia: “do Egito
chamei meu filho” (Mt 2,15; Ex 12,37-42). A missão de Jesus é libertar toda a
humanidade da dor e da morte.
Em sua Carta, São João afirma que “Deus
é luz e nele não há trevas” (1Jo 1,5). Só podemos estar em comunhão com
ele se caminharmos na luz que se expressa na verdade. Quem caminha na indiferença
diante da situação de sofrimento e morte em que vivem milhões de crianças
inocentes, não pode dizer que está em comunhão com Deus.
Precisamos ter coragem para proteger
as crianças “dos novos Herodes dos nossos dias, que malbaratam a inocência das
nossas crianças. Uma inocência dilacerada sob o peso do trabalho ilegal e
escravo, sob o peso da prostituição e da exploração. Inocência destruída pelas
guerras e pela emigração forçada com a perda de tudo o que isso implica.
Milhares de crianças nossas caíram nas mãos de bandidos, de máfias, de
mercadores de morte cuja única coisa que fazem é malbaratar e explorar as suas
necessidades” (Papa Francisco, 2016).
Ó Cristo, faz-nos viver a comunhão de teu amor abandonando as obras das trevas, fazendo-nos solidários às crianças e adolescentes, vítimas dos Herodes de hoje que lhes roubam a alegria e a esperança de uma vida feliz. Amém!
Senhor, ajude-me a caminhada com em direção a sua palavra. Fazei de mim, um instrumento de exemplo para meus descendentes, livrando meus filhos das tentações e maldades de mundo. Amém 🙏🏽
ResponderExcluirO Santos inocente deram testemunho de Cristo, testemunho do silêncio e "como ovelhas foram conduzidas ao matadouro". Jesus é o novo Moisés que nasceu entre nós. Assim como os meninos hebreus foram mortos no Egito, agora os inocentes também são martirizados, por causa daqueles que tem medo da vida, da libertação, da defesa do ser humano com amado de Deus. Sejamos hoje capazes de estar ao lado da vida e não da morte.
ResponderExcluirLeitura da primeira Carta de São João.
Deus dá se a conhecer: ele é luz que se identifica com a vida, e a Comunica a humanidade; "Nele não há treva alguma ".
Nenhuma maldade triunfa, pois é subjugada sempre pela bondade e pela misericórdia divina; nada pode deter os desígnios divinos.
Senhor, nos faz viver a comunhão do amor de Filho Jesus abandonado as obras das trevas,fazendo-nos ser o cristo para as crianças, adolescentes e jovens vítimas dos herodes hoje. Fica ao nosso lado nos defende dos laço do caçado. Amém
Deus é luz e nele não há trevas.
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