A semente e o terreno que a recebe

Quarta-feira da 3ª Semana do Tempo Comum

São Francisco de Sales – Memória

24 de janeiro

 

Leituras:

2Sm 7,4-17

Sl 88(89),4-5.27-28.29-30 (R. 29a)

Mc 4,1-20

(Acesse aqui)

Por Pe. Geraldo Martins

A casa, por um lado, é sinal de abrigo, de acolhimento, de segurança. Por outro lado, pode significar aprisionamento. Com a melhor das intenções, Davi decide construir uma casa para o Senhor. É a maneira que encontrou de ser grato por sua constante presença e proteção.

Deus, no entanto, rejeita tal presente e anuncia que Ele é quem construirá uma casa para Davi, junto do povo de Israel que Ele libertou do Egito – “E o Senhor te anuncia que te fará uma casa” (2Sm 7,11). Esta casa refere-se à dinastia de Davi.

A tarefa de construir uma casa (templo) para o Senhor será confiada ao descendente de Davi, seu sucessor: “suscitarei, depois de ti, um filho teu, e confirmarei a sua realeza. Será ele que construirá uma casa para o meu nome” (2Sm 7,12s). Mas a casa predileta do Senhor é o seu povo. Este é que deve se constituir, verdadeiramente, na morada do Senhor.

O evangelho traz a conhecida parábola do semeador, explicada pelo próprio Cristo. Sua palavra é a semente que deve ser lançada em todos os cantos do mundo, ou seja, em todos os corações, a tempo e contratempo. Ela é sempre fértil. Produzir ou não dependerá do ‘terreno’, ou seja, do coração que a recebe.

São várias as circunstâncias e situações que levam a semente a não produzir os frutos esperados: distração e falta de compromisso (terreno beira de estrada), falta de profundidade e inconstância (terreno pedregoso), preocupações do mundo e desejo de riqueza (terreno de espinhos). Nosso coração é algum desses terrenos?

Senhor, vem fazer morada em nós e abre nosso coração para acolher com alegria a semente de tua palavra a fim de que produz frutos segundo tua vontade. Amém!