Resistir ao maligno

Quinta-feira antes da Epifania

4 de janeiro

 

Leituras:

1Jo 3,7-10

Sl 97(98),1.7-8.9

Jo 1,35-42

(Acesse aqui)

Por Pe. Geraldo Martins

Toda pessoa é livre para escolher o próprio caminho. Assim, agir como quem pertence a Deus ou ao diabo dependerá das opções de cada um. Se perseveramos na prática da vontade de Deus, isto é, da justiça, provamos que somos de Deus e que nos fechamos ao pecado, que é obra do mal, do diabo, como afirma São João – “aquele que comete o pecado é do diabo” (1Jo 3,8).  

Quando deixamos o Espírito de Cristo habitar em nós e nos conduzir, provamos que nascemos de Deus, trilhando o caminho da justiça e do amor ao irmão (cf. 1Jo 3,10). É assim que seremos reconhecidos como filhos de Deus. Devemos, portanto, nos perguntar, permanentemente, se vivemos sob a influência de Deus, que permanece em nós, ou do maligno, que tenta nos iludir e seduzir.

Ao se falar de pecado é preciso cuidar para não se deixar conduzir por uma consciência escrupulosa, envolta em sentimentos de culpa tão forte que impedem a pessoa de sentir a graça e o amor de Deus que tudo perdoa. A consciência reta é que nos faz sentir a realidade do pecado na sua exata dimensão, bem como o perdão de Deus que nos restaura completamente.

O caminho mais seguro para viver esta realidade da graça é Jesus Cristo, apontado por João Batista como o “Cordeiro de Deus” (Jo 1,36). É o desejo de ver Jesus, de saber onde Ele mora (cf. Jo 1,38), que nos leva a permanecer com Ele e conhecê-lo para amá-lo e segui-lo. Os dois discípulos de João Batista só fazem a experiência do Cristo porque o seguem e permanecem com ele.

Se queremos nos encontrar com o Cordeiro de Deus, precisamos também arrumar tempo para permanecer com Ele. Quem assim faz o reconhece como Messias e conduz seus irmãos a Ele, a exemplo de André que leva Pedro a fazer a mesma experiência. No encontro com Jesus é que descobrimos nossa missão, tal como aconteceu com Pedro (cf Jo 1,42).

Fazer-nos discípulos e discípulas de Jesus prova que somos de Deus, que praticamos a justiça e que resistimos ao maligno e às suas obras, que são o pecado. Em Cristo, estamos seguros e não corremos risco de nos desviarmos dos caminhos da graça e do amor.

Senhor, queremos ver, permanecer e seguir teu Filho amado a fim de praticarmos sempre a justiça e sermos reconhecidos como teus filhos que resistem ao maligno e às suas obras. Amém!