O caminho da santidade

Segunda-feira da 1ª Semana da Quaresma

19 de fevereiro

Leituras:

Lv 19,1-2.11-18

Sl 18(19),8.9.10.15

Mt 25,31-46

(Acesse aqui)

Por Pe. Geraldo Martins

Todos somos vocacionados à santidade. Diz o Concílio Vaticano II: “todos os fiéis, seja qual for a sua condição ou estado, são chamados pelo Senhor à perfeição do Pai, cada um por seu caminho.” (LG,11). O próprio Deus é quem chama o ser humano, criado à sua imagem e semelhança, a participar também de sua santidade: “Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo” (Lc 19,2).

O caminho para a santidade é o respeito aos irmãos e a prática da verdade e da justiça. O autor do Levítico o diz com clareza, compondo um verdadeiro código de conduta moral e social resumido neste mandamento: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Lv 19,18). Ninguém alcançará a santidade ignorando o irmão ou, pior ainda, o maltratando.

A santidade de cada um será declarada, no final dos tempos, pelo próprio Cristo, apresentado por Mateus como rei-pastor-juiz, como vimos no evangelho da liturgia de hoje. O critério que Ele usará é a caridade que praticarmos ou não para com o outro, na esteira do que disse o Levítico. Cristo torna-se o critério de nossa santidade na medida em que o reconhecermos e servimos nos famintos, nos sedentos, nos estrangeiros, nos nus, nos doentes, nos prisioneiros com quem Ele se identifica: “todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!”. O juízo, portanto, tem a marca da ética e da moral, mais até que da religião.

Comentando esse evangelho, disse o Papa Francisco: “seremos julgados sobre o amor. O julgamento será sobre o amor. Não sobre o sentimento, não: seremos julgados sobre as obras, sobre a compaixão que se faz proximidade e ajuda atenciosa” (Papa Francisco, Angelus, 22.11.20). Para ele, “a verdadeira fé é a que nos leva a ter a coragem de perdoar a quem nos ofende, a dar uma mão a quem caiu, a vestir o nu, a alimentar o faminto, a visitar o preso, a ajudar o órfão, a dar de beber ao sedento, a socorrer o idoso e o necessitado (cf. Mt 25, 31-45) (Homilia, visita ao Egito, 29.4.2017).

Senhor, faz que sirvamos com alegria o teu Filho nos pobres e descartados de nossa sociedade a fim de que participemos de tua santidade. Amém!

Comentários

  1. Deus é santo e está para além do mundo e da história. Ele não se confunde com o mundo. Mas, em sua bondade, se interessa pela humanidade e se preocupa com ela. Deus é aquele que se relaciona conosco e se comunica, mesmo sendo Santo. E, sendo Santo, sua comunicação é de amor, de misericórdia, de bondade. Ele se interessa por nós, porque quer nos arrancar da escravidão que nós mesmos criamos, e nos liberta para a vida e para a paz. É assim que vamos compreendendo o sentido da história da salvação e da presença de Deus entre nós.


    Jesus mostra com quem ele se identifica o juízo de Deus julgará não as grandes obras mas as atitudes de misericórdia para com os necessitados e pobres.

    Senhor, nos ajude a servirmos com alegria o teu Filho nos pobres. Amém

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  2. Se não mudarmos nossas atitudes perante as pessoas, principalmente as/os mais necessitados, no fim seremos julgados pela falta do amor ágape.Jesus veio para todos a fim de que possamos reconhecer cada um como irmão, irmã.

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