A vida do justo incomoda

Sexta-feira da 4ª Semana da Quaresma

15 de março

 

Leituras:

Sb 2,1a.12-22

Sl 33(34),17-18.19-20.21 e 23

Jo 7,1-2.10.25-30

(Acesse aqui)

Por Pe. Geraldo Martins 

Quem pratica o mal terá sempre palavras de recriminação ao justo que caminha segundo a vontade e os preceitos de Deus. Incomodado com sua presença e testemunho, o ímpio trama sua eliminação e apresenta três razões: “ele se opõe ao nosso modo de agir, repreende em nós as transgressões da lei e nos reprova as faltas contra a nossa disciplina” (Sb 2,12). Além disso, o ímpio fica incomodado pelo fato de o justo se chamar filho de Deus (Sb 2,13).

Com muita facilidade a tradição cristã viu na figura desse justo o próprio Cristo que foi perseguido, torturado e assassinado sem que tivesse praticado crime algum. A ele se assemelham também todos os que, na imitação de Cristo, sofrem perseguições e ameaças quando lutam em defesa da vida, da justiça, da paz, da dignidade humana, sobretudo, dos pobres e excluídos.

No evangelho de João, proclamado na liturgia de hoje, vemos Jesus indo à festa das Tendas às escondidas “porque os judeus procuravam matá-lo” (Jo 7,1). E isso era público – “Não é este a quem procuram matar?” (Jo 7,23), dizem ao vê-lo ensinado no templo.

A origem de Jesus é a grande questão para os que se opõem a Ele: “Será que, na verdade, as autoridades reconheceram que ele é o Messias? Mas este, nós sabemos donde é. O Cristo, quando vier, ninguém saberá donde ele é" (Jo 7,26s).

Quando nos fechamos em nossa própria verdade para justificar nossos atos e condutas nada nos convence do contrário. Essa é a grande lição do comportamento dos judeus que tomaram a decisão de matar Jesus.

Ó Pai, livra-nos de toda tentação que nos impede de seguir e imitar teu Filho, o justo, que nos mostra o caminho da verdadeira santidade e justiça. Amém! 

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