Pregar a Palavra e servir os pobres

Sábado da 2ª Semana da Páscoa

13 de abril

 

Leituras:

At 6,1-7

Sl 32(33),1-2.4-5.18-19

Jo 6,16-21

(Acesse aqui)

Por Pe. Geraldo Martins

Como os apóstolos, todos nós, em algum momento da vida, temos que entrar na barca e atravessar para o outro lado do mar (cf. Jo 6,17). É necessário enfrentar a noite que chega e o vento que sopra, tornando o mar agitado (cf. Jo 6,17s). A ausência de Jesus deixa os apóstolos vulneráveis. Sem reconhecê-lo que vem ao seu encontro, o sentimento é de medo.

A simples presença de Jesus andando sobre as águas em direção à barca é suficiente para que o mar fique calmo. Suas palavras – “Sou eu. Não tenham medo” (Jo 6,20) – dirigidas aos apóstolos, são a garantia de que Ele nunca se ausenta de nossa vida. Por isso, podemos atravessar o mar com toda coragem.

Alguns autores entendem esta passagem como uma preparação para o discurso que Jesus fará sobre o pão da vida. “Diversamente dos sinóticos, este milagre em João não é tanto para uma ajuda aos discípulos em perigo, quanto um sinal de credibilidade para as palavras duras que porão sua fé à prova” (Missal Cotidiano)

A leitura dos Atos dos Apóstolos revela a necessidade de equilibrar o anúncio da Palavra com a assistência aos pobres. Uma ação não dispensa a outra; ambas devem caminhar de forma harmônica. Nem todos, porém, podem fazer tudo. Na comunidade, é necessário distribuir as funções de acordo com a aptidão de cada um. Aos apóstolos cabe, antes de tudo, a missão de pregar a Palavra (At 6,2). Para servir à mesa são instituídos os diáconos. A diaconia é, portanto, o serviço que se presta aos pobres em nome da Igreja. É uma pena que, no resgate do diaconato permanente, o serviço da liturgia acabe consumindo todas as energias dos diáconos que pouco tempo têm para servir às mesas dos pobres...

Interessante observar que, antes de instituir os diáconos, começou a surgir uma divergência na comunidade - "os fiéis de origem grega começaram a queixar-se dos fiéis de origem hebraica” (At 6,1). Que comunidade cristã nunca viveu turbulências, conflitos, divisão? O caminho de solução é sempre o diálogo com a própria comunidade como fizeram os apóstolos (At 6,2). E nós, como resolvemos os conflitos que, às vezes, surgem em nossas comunidades eclesiais?

Senhor Jesus, vem ao nosso encontro e acalma o mar bravio de nossas diferenças e divisões. Restaura a harmonia e a comunhão a fim de que não cessem a pregação da Palavra e o serviço aos pobres. Amém!

Comentários

  1. Senhor ensina-nos a confiar, mesmo nas tempestades de se apresentam decorrer do nosso dia. Jesus eu confio em Vós.

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  2. Leitura dos Atos dos Apóstolos.
    Diante das dificuldades nas primeiras comunidades cristã, os discípulos agem inspirados por Deus e em comunhão, ensinando-nos o modo certo de agir em nossas comunidades hoje.

    Diante das perseguições de ontem e de hoje por causa do evangelho, não podemos ficar com medo de anunciar, pois Ele não abandona aqueles que assumem essa tarefa.
    Os discípulos viram Jesus caminhando sobre o mar e ficaram com medo. Jesus é leal em seu amor e pede para que eles não tenham medo, e os conduz a terra firme. Isso significa que Jesus os conduz ao êxodo, ou seja, eles também precisam ser leais ao amor Dele olhemos, para nós e avaliemos nossas atitudes de fé, de caridade e de solidariedade para com os outros se ainda temos medo de testemunhar e viver nossa fé, precisamos fazer o mesmo êxodo dos discípulos.

    Senhor, acalma o mar da nossa vida. Amém

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