A proximidade que cura

Sexta-feira da 12ª Semana do Tempo Comum

27 de junho

Santo Irineu - memória

 

Leituras:

2Rs 25,1-12

Sl 136(137),1-2.3.4-5.6 (R. 6a)

Mt 8,1-4

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins

O cerco a Jerusalém feito por Nabucodonosor com sua consequente retomada é resultado da desobediência do rei e do povo às palavras dos profetas que condenavam sua infidelidade a Deus. Jeremias já havia alertado sobre o que poderia acontecer caso o rei (Sedecias) mantivesse seus propósitos (cf. Jr 37ss). Não foi ouvido.

É preciso distinguir, também hoje, aqueles que, por sua palavra, mas, sobretudo, por seu testemunho, nos fazem ver os descaminhos que, às vezes, tomamos em nossa vida, fazendo o que desagrada ao Senhor. Deus, contudo, nunca desiste de nós e sempre suscitará meios de nos oferecer sua misericórdia e seu perdão.

Cristo torna presente entre nós esta ação salvadora de Deus. Após o sermão da montanha, nós o vemos curando um leproso. Observemos que o leproso, tomado de confiança e resignação, coloca-se totalmente nas mãos de Jesus – “se queres, tu tens o poder de me purificar” (Mt 8,2). Reconhece o poder de Cristo, mas se submete à sua vontade. Uma lição para nós que, muitas vezes, não pedimos ou suplicamos, mas exigimos que Deus faça o que queremos como se pudéssemos impor a Ele nossa vontade.

A resposta de Jesus é revolucionária. É dada, antes de tudo, com o gesto de estender a mão e tocar no leproso, uma pessoa excluída, que trazia uma doença contagiosa e que tornava impuro quem o tocasse. Com seu gesto Jesus mostra que, para curar alguém, é preciso proximidade e não apenas palavras. Só após o gesto ele usa a palavra – “Eu quero, fica limpo” (Mt 8,3). É a proximidade que cura.

Diante da necessidade do outro, Jesus “não se prolonga em discursos ou interrogatórios, muito menos em pietismos e sentimentalismos. Pelo contrário, mostra a delicada modéstia de quem escuta com atenção e age com solicitude, de preferência sem dar nas vistas” (Papa Francisco, Angelus – 11.2.24). E nós, como nos colocamos diante dos que se aproximam de nós pedindo solidariedade e compaixão?

Ó Cristo, ajuda-nos a viver a proximidade que nos faz tocar a carne sofredora dos irmãos e irmãs a fim de que, seguindo teu exemplo, levemos cura e libertação a quem é excluído e marginalizado. Amém!

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Nossas orações pelo aniversariante do dia

Ordenação Presbiteral
Pe. Luiz Carlos C. F. Carneiro (1986)

Comentários

  1. A resposta de Jesus é revolucionária. É data antes de tudo como gesto de estender a mão e torcer no leproso que era uma pessoa excluída da sociedade. JESUS O CUROU DE SEUS MALES.

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  2. Leitura do segundo livro dos Reis.
    Deus nos mostra o que pode acontecer quando somos desobedientes, não é vingança mas sim consequência da desobediência que nos afasta D'Ele.

    O leproso disse a Jesus, com muita certeza: " Se queres tu tens o poder de me purificar jesus respondeu : "Quero ficar limpo". Atitude ousada, pois pessoa com esse tipo de doença eram obrigadas por lei a viver a afastadas da comunidade - eram consideradas impuras. A confiança no amor e a certeza do poder lhe deram essa coragem. Porém, mais ousada ainda foi a atual de acolhimento: Jesus chegou a tocar no leproso com suas mãos rompendo barreiras para poder curar e libertar.

    Senhor, nos cura da lepra que não nos deixa tocar nos nossos irmãos e irmãs sofridos, dai-nos sabedoria e equilíbrio para que possamos levar a cura e a libertação aos excluídos e marginalizados. Amém

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