A revolução do amor

Terça-feira da 11ª Semana do Tempo Comum

18 de junho

 

Leituras:

1Rs 21,17-29

Sl 50(51),3-4.5-6a.11 e 16 (R. cf. 3a)

Mt 5,43-48

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins

A misericórdia de Deus vai além de nossa compreensão. Ela é capaz de perdoar todo pecado e restaurar aquele que se perdera nos descaminhos do pecado e do mal. Acab experimenta essa misericórdia após seu vergonhoso e abominável ato de se apossar da vinha de Nabot cuja morte violenta fora tramada por Jezabel sem nenhuma repreensão de Acab.

Advertido pelo profeta Elias – “Tu mataste e ainda por cima roubas” (1RS 21,19) -, tal como Natã fizera a Davi (cf. 2Sm 12,1-15), Acab mostra arrependimento e faz penitência – “rasgou as vestes, pôs um cilício sobre a pele e jejuou. Dormia envolto num pano de penitência e andava abatido” (1Rs 21,27). Por esse seu gesto de arrependimento, Deus lhe concede o perdão.

No evangelho, Jesus nos desafia a ir além do amor ao próximo, amando também o inimigo. Exigência difícil de ser compreendida e vivida. Somos chamados a responder ao ódio com amor e à violência com a não violência. Nisso consiste a diferença da prática dos cristãos como lembrava Tertuliano: “se amar os amigos é de todos, amar os inimigos é só dos cristãos”.

O Papa Bento XVI ajuda-nos a compreender melhor este mandamento de Jesus ao lembrar que “a não-violência para os cristãos não é um mero comportamento tático, mas um modo de ser da pessoa, uma atitude de quem está tão convicto do amor de Deus e do seu poder, que não tem medo de enfrentar o mal somente com as armas do amor e da verdade”. 

Segundo o papa, “o amor ao inimigo constitui o núcleo da ‘revolução cristã’, uma revolução baseada não em estratégias de poder econômico, político ou mediático. A revolução do amor, um amor que definitivamente não se apoia nos recursos humanos, mas é dom de Deus que se obtém confiando unicamente e sem reservas na sua bondade misericordiosa. Eis a novidade do Evangelho, que muda o mundo sem fazer rumor. Eis o heroísmo dos ‘pequenos’, que creem no amor de Deus e o difundem até à custa da vida” (Angelus, 18.02.2007).

Senhor, perdoa-nos quando não fomos capazes de amar os inimigos e cedemos à tentação de vencer à violência com violência; dá-nos experimentar sempre tua misericórdia a fim de sermos perfeitos como Tu és perfeito. Amém!

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Nossas orações pelo aniversariante do dia

Ordenação Presbiteral

Pe. José Maria Coelho da Silva (1988)

Comentários

  1. Leitura do primeiro livro dos Reis.
    O Profeta Fala Em Nome de Deus, acusando o rei: "Provocaste a minha Ira e fizeste Israel pecar".
    A perfeição do amor consiste em amar sem distinção e gratuitamente, como faz Deus. Por isso: "Amai os vossos inimigos".
    Como filhos de Deus devemos nos aproximar daqueles que estão longe de nós, de nossa convivência, pois é assim o jeito que Deus age conosco: Ele nos ama.

    Senhor, tem misericórdia de nós com a imensidão do vosso amor nos purifica, nos lava, e apaga a nossa culpa, e nos liberta da morte do pecado e a nossa língua exaltará vossa justiça. E nos liberta da violência nos ajude a amar e assim lutar para sermos perfeitos como tu és perfeito. Amém



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  2. Jesus nos desfia a ir além do amor ao próximo, amando também aos inimigos,pois Ele pura misericórdia!

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