A verdadeira justiça

Quinta-feira da 10ª Semana do Tempo Comum

13 de junho

Santo Antônio de Pádua - Memória

 

Leituras:

1Rs 18,41-46

Sl 64(65),10abcd.10e-11.12-13 (R. 2a)

Mt 5,20-26

(Acesse aqui)


Por Pe. Geraldo Martins

Após vencer os profetas de Baal, que tinham o apoio do rei Acab, Elias põe-se a rezar. Invoca a Deus que, mais uma vez, manifesta sua misericórdia mandando chuva, conforme implora o profeta, pondo fim à seca na região. Assistido pelo Senhor – “A mão do Senhor esteve sobre Elias" (1Rs 18,46) – ele corre à frente do rei que vai para Jezrael, “talvez para lhe mostrar que sua oposição não o visara como rei, mas como idólatra” (Missal Cotidiano).

Temos aqui, então, duas lições dadas por Elias. A primeira é a importância da oração para se obter a graça de que o povo necessita. A oração é expressão de abandono nas mãos de Deus; de confiança e esperança em seu cuidado para conosco; da fé de quem entrega a Ele todo seu viver. A segunda lição é o discernimento que o leva a servir ao rei, mesmo quando este se mostrou seu opositor. Saber separar uma coisa de outra é fundamental no caminho que leva ao Reino.

Vemos isso com mais clareza no evangelho que apresenta Jesus revelando como veio completar a Lei e os profetas. O acento de suas palavras recai sobre a necessidade de viver a fraternidade. Por isso diz que a lei “não matarás” vai além de não cometer homicídio, mas implica respeitar o outro em sua dignidade e não o difamar, rebaixando-o ou discriminando-o. 

A reconciliação é o caminho de construção da fraternidade que somos chamados a viver. E, muitas vezes, a iniciativa deve ser do ofendido. Aqui, Jesus inverte a lógica a que estamos acostumados: “quando você estiver levando a sua oferta para o altar, e ali se lembrar que seu irmão tem alguma coisa contra você, deixe a sua oferta ali diante do altar, e vá primeiro reconciliar-se com o seu irmão” (Mt 5,23s). 

Quando nos esforçamos para viver essa palavra, então, nossa justiça se mostra verdadeira porque se apresenta revestida do amor, da misericórdia, da caridade. Entre justiça e caridade há uma relação estreita de tal forma que uma implica a outra, com a caridade sendo superior à justiça, como ensina Bento XVI: “A justiça não só não é alheia à caridade, não só não é um caminho alternativo ou paralelo à caridade, mas é ‘inseparável' da caridade, é-lhe intrínseca. [mas] A caridade supera a justiça e a completa com a lógica do dom e do perdão” (Caritas in Veritate, 6).

Senhor Jesus, atende nossa oração e dá-nos praticar a verdadeira justiça que nasce da nossa caridade e do nosso esforço de construir fraternidade. Amém!

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Nossas orações pelos aniversariantes do dia

Nascimento

Pe. Edvaldo Antônio de Melo (Faculdade Dom Luciano Mendes - Mariana)

 

Ordenação Presbiteral

Pe. Oscar de Oliveira Germano  (1985)

Comentários

  1. A oração é expressão de amor nas mãos de Deus!

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  2. É o amor fraterno que nos leva a reconciliação e toma coerente e fecundo o sacrifício que oferecemos no altar. Assim é que somos justos para o irmão.

    Senhor, manifesta a sua misericórdia em nós e nós ajude a ter uma vida de oração e assim nos abandonar nas suas mãos. Nos ajude a praticar verdadeiramente a justiça e a caridade e construir a fraternidade. Amém

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