Conversão, fé e cura

Sábado da 12ª Semana do Tempo Comum
29 de junho

Leituras:
Lm 2,2.10-14.18-19
Sl 73(74),1-2.3-4.5-7.20-21
Mt 8,5-17

Por Pe. Geraldo Martins

Toda vez que nos distanciamos de Deus, somos tomados por sentimentos de dor e de abandono que nos fazem delirar. É o que experimenta o povo de Israel no exílio da Babilônia, consequência de sua infidelidade ao Senhor. No cativeiro, longe de sua terra e escravizado, o povo consegue perceber as consequências de ter dado ouvido aos falsos profetas que lhe mostraram “imagens falsas e insensatas, (que) não puseram a descoberto a tua malícia, para tentar mudar a tua sorte; ao contrário, deram-lhe oráculos mentirosos e atraentes” (Lm 2,14).

Qual o caminho de volta para quem se desvia do Senhor? O reconhecimento da própria falta, a conversão e a busca incessante do Senhor como lembra o profeta: “grite o teu coração ao Senhor. (...) Levanta-te, chora na calada da noite. (...) Ergue as mãos para ele, pela vida de teus pequeninos, que desfalecem de fome em todas as encruzilhadas” (Lm 2,18s).

Deus está sempre pronto a vir em socorro dos que o invocam e demonstram arrependimento e desejo sincero de vida nova em sua graça. Fazemos isso quando nos desviamos de sua presença e de seu amor?

No evangelho, Jesus testemunha esse amor de Deus ao atender as pessoas a partir de suas necessidades. A cura do empregado do centurião manifesta, antes de tudo, que Jesus veio para todos, inclusive os pagãos, como é o caso deste centurião, que suplica pela vida de seu servo. Ao elogiar a fé de um pagão, Jesus denuncia os que dizem ter fé, mas agem como se não a tivessem.

Não vemos também isso em nossos dias? Quantas pessoas que, fora da Igreja ou sem religião, têm atitudes e testemunho que manifestam fé maior do que tantos que afirmam ser extremamente devotos?! Tal atitude não é para justificar os “desigrejados”, como se ser (frequentar) ou não da Igreja fosse a mesma coisa. Serve, antes, para nos alertar que nunca devemos discriminar ninguém, mas a todos acolher com fraternidade.

Aquele que é agraciado com a vida dada por Jesus deve sempre responder com a alegria do serviço, como faz a sogra de Pedro (Mt 8,15). Se na primeira cura, Jesus usa apenas a palavra – “Va! E seja feito como você acreditou” (Mt 8,13), na segunda, ele apenas toca na mulher para vencer a febre, símbolo do mal, que a dominava. Aprendemos, assim, que são muitos os modos que Jesus tem para nos curar de nossas enfermidades. A única coisa que Ele exige de nós é a fé. Se cremos nele, não nos faltará a força de sua palavra ou de seu gesto para nos curar.

Senhor, escuta nossos lamentos e dá-nos a graça da conversão. Fortalece nossa fé e cura-nos, pela palavra de teu Filho, de tudo que nos impede de servir-te em nossos irmãos e irmãs. Amém!
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Nossas orações pelos aniversariantes do dia

Ordenação Presbiteral e Diaconal
Pe. Rogério Venâncio de Rezende (1964)
Côn. João Francisco Ribeiro (1965)
Pe. Geraldo Lopes de Paula - Lelete (1979)
Pe. Paulo Dionê Quintão (1984)
Pe. Alvim Gonçalves Valério (1985)
Pe. José Julião da Silva (1986)
Dom Danival Milagres Coelho (2002)
Diác. Antônio Rodrigues Prado (1993)

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