Lobos em pele de ovelhas

Quarta-feira da 12ª Semana do Tempo Comum

26 de junho

 

Leituras:

2Rs 22,8-13.23,1-3

Sl 118(119),33.34.35.36.37.40 (R. 33a)

Mt 7,15-20

(Acesse aqui)

  

Por Pe. Geraldo Martins

O livro da Aliança encontrado pelo sumo sacerdote Helcias (2Rs 22,8), segundo os estudiosos, refere-se a uma parte do Deuteronômio (capítulos 12 a 16) que trata da lei a ser observada pelo povo. Sua perda revela negligência e infidelidade das lideranças e do povo para com o Deus libertador. Seu encontro com sua consequente leitura diante do rei Josias (2Rs 22,10) e, por ordem deste, diante do povo (2Rs 23,2), traduz o desejo de renovação da Aliança.

Essa passagem nos leva a pensar como consideramos a Palavra de Deus em nossa vida. Ela é a grande luz a iluminar nosso caminho e a determinar nossa relação com Deus e com os irmãos. Até que ponto a levamos a sério e cumprimos o que ela determina, manifestando, assim, nossa plena e total adesão aos mandamentos divinos?

No evangelho, Cristo faz um importante alerta: não nos deixarmos seduzir e guiar pelos falsos profetas. E eles estão por todo canto e em todas as esferas da vida: na política, na religião, no campo da cultura e da economia etc. Em todas essas áreas há “lobos vestidos com peles de ovelhas” (Mt 7,15). Como identificá-los e distingui-los? Observando suas obras e não se deixando levar pelas aparências. Se forem coerentes com os valores do Reino, não há o que temer. Se, ao contrário, negam esses valores com discursos falaciosos, é preciso rejeitá-los. 

No meio político, por exemplo, há muitos com um discurso religioso sedutor, falando de Deus, família etc, mas aprovando leis e apoiando políticas que discriminam e negam direitos aos pobres, aos negros, aos indígenas, às mulheres, aos trabalhadores sem terra, aos excluídos e marginalizados. Na Igreja, há tantos ‘influencers’ que, em nome da tradição e da ortodoxia, quebram a comunhão eclesial, negam o Vaticano II, opõem-se ao Papa. Nem sempre é fácil distinguir os falsos profetas, seja em que campo for.

A imagem usada por Jesus é muito clara: “Toda árvore boa produz frutos bons, e toda árvore má, produz frutos maus” (Mt 7,17). Quem traz em si a raiz da maldade e se deixa guiar por ela, não pode produzir coisa boa, ainda que o seja na aparência. O cristão, portanto, deve ser uma pessoa atenta e jamais se deixar conduzir pela ingenuidade. Nunca lhe deve faltar o senso crítico a fim de perceber os “lobos vestidos com pele de ovelhas”.

Senhor, enche-nos com teu Espírito a fim de que, guiados por sua luz e sabedoria, saibamos distinguir os falsos profetas e jamais seguir sua voz. Amém!

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Nossas orações pelo aniversariante do dia

 

Natalício

Pe. Luiz Carlos C. F. Carneiro (Paróquia São Sebastião, Barbacena)

Comentários

  1. Leitura do segundo livro dos Reis.
    O rei meu diante do povo o conteúdo do livro que tinha sido achado no tempo concluiu a aliança diante do Senhor.

    São tantos os que falam em nome de Deus! Não podemos nos deixar enganar pelas aparências, pois há cordeiros por fora e são lobos por dentro. O que revela a verdade e a falsidade são as ações. A verdade de cada um aparece através das ações. Frutos bons só podem vir de árvores boas.
    Como perceber a presença, os ensinamentos e as ações dos falsos profetas? " Pelos seus frutos vós os conhecereis."
    O verdadeiro profeta anuncia com fidelidade a Palavra de Deus e a experimenta em sua própria vida.

    Senhor, nos ajude a reconhecer os falsos profetas , dai-nos sabedoria e equilíbrio para não segui-los. Amém

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  2. Senhor, enche-nos com teu Espírito a fim de que, guiados por sua luz e sabedoria, saibamos distinguir os falsos profetas e jamais seguir sua voz. Amém!

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