Ser da verdade

Sábado da 10ª Semana do Tempo Comum

15 de junho

 

Leituras:

1Rs 19,19-21

Sl 15(16),1-2a e 5.7-8.9-10 (R. cf. 5a)

Mt 5,33-37

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins

Terminada a missão de Elias, começa a de Eliseu. O próprio Deus é quem indica Eliseu como sucessor de Elias. Deste, aprendemos a lição do reconhecimento de que é hora de passar a missão para outro. Quantos têm dificuldade de reconhecer que cumpriu sua missão e que precisa dar a vez a outro, retardando os planos e a vontade de Deus. Esse discernimento é fundamental na vida de todos, especialmente, dos que exercem alguma liderança.

Eliseu, por sua vez, ensina que, ao chamado de Deus, que acontece no cotidiano da vida, deve-se responder imediatamente. Não se pode deixar Deus na sala de espera, aguardando a resposta. Em segundo lugar, a resposta exige o abandono de tudo para seguir unicamente ao Senhor. Foi o que Eliseu fez ao sacrificar e imolar a junta de bois que usava para arar a terra, despedindo-se depois de sua família para, imediatamente, seguir a Elias que lhe entregara seu manto, como a lhe transmitir seu espirito para continuar a missão.

Duas perguntas poderíamos nos fazer a partir desse episódio: como sentimos o chamado de Deus? Temos respondido a esse chamado?

No evangelho, Jesus reafirma a necessidade de que toda pessoa seja verdadeira no relacionamento com Deus, não usando seu nome em falso. Condena todo juramento que chama a Deus como testemunha de algo que não condiz com a verdade. O Catecismo da Igreja Católica ensina que “fazer um juramento, ou jurar, é tomar a Deus como testemunha do que se afirma. É invocar a veracidade divina como garantia da própria veracidade. O juramento compromete o nome do Senhor (CIC 2150).

Nesta passagem de São Mateus, Jesus ensina que todo o juramento implica uma referência a Deus e que a presença de Deus e da sua verdade deve ser honrada em toda a palavra. A discrição no recurso a Deus, ao falar, anda a par com a atenção respeitosa à sua presença, testemunhada ou desrespeitada em cada uma das nossas afirmações” (CIC 2153).

Por isso, devemos ter cuidado com nossas palavras e jamais nos desviar do caminho da sinceridade e da verdade. “As meias-verdades, os discursos subjetivos que procuram enganar o próximo, as reticências que ocultam as verdadeiras intenções não são atitudes conformes com a justiça. O homem justo é reto, simples e direto, não usa máscaras, apresenta-se como é, diz a verdade” (Papa Francisco, Angelus 3.4.24). Daí levar a serio o que disse Jesus: “Seja o seu 'sim': 'Sim', e o seu 'não': 'Não'. Tudo o que for além disso vem do Maligno" (Mt 5,37).

Senhor, tua graça nos ajude a responder prontamente ao teu chamado e que, na vivência de nossa fé, jamais te invoquemos falsamente, mas te sirvamos na verdade e no amor. Amém!

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Nossas orações pelo aniversariante do dia

Ordenação Presbiteral
Pe. José Geraldo Coura (2002)

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