A fé dos entendidos e dos pequeninos

Quarta-feira da 15ª Semana do Tempo Comum

17 de Julho

Bem-aventurado Inácio de Azevedo e Companheiros – Mártires - Memória

 

Isaías 10,5-7.13-16

Sl 93(94)

Mateus 11,25-27

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins            

O ser humano jamais pode atribuir unicamente a si qualquer êxito que venha obter em seus empreendimentos como se bastasse a si mesmo, prescindindo de Deus. Esta parece ser a mensagem central deste texto de Isaías que revela o lugar de Deus na vida de seu povo. Ameaçado pela potência que era a Assíria, Israel precisa compreender que Deus é quem dirige a história de acordo com seus planos e sua vontade.

Diante da recusa do povo, por meio de suas lideranças, de colocar em Deus sua confiança, a Assíria torna-se como um “instrumento de punição usado por Deus para advertir o seu povo e chamá-lo à conversão”. Isaías quer, dessa forma, mostrar que “tudo está nas mãos de Deus” e que “a criação e a história estão submetidas aos seus desígnios” (dehonianos.org). Vemos isso nas expressões – “gloria-se o machado, em detrimento do lenhador que com ele corta?” “Exalta-se a serra contra o serrador que a maneja?” (Is 10,15).

No evangelho, Jesus exalta a sabedoria de Deus por revelar seus mistérios, não aos grandes e entendidos, mas aos pequeninos. Os primeiros são as lideranças do povo que se fecharam à mensagem de Cristo, enquanto os pequeninos são os empobrecidos e excluídos que viram, na ação de Jesus, a libertação que Deus lhes trouxera. Isso é motivo para Jesus elevar uma oração de louvor ao Pai.

A adesão a Jesus passa pela fé, antes que pela inteligência. Por isso, os pequeninos são capazes de reconhecer o Cristo como o enviado do Pai e aderem a Ele com alegria. Os que se deixam guiar unicamente pela razão terão sempre dificuldade de aderir a Cristo. Foi assim ontem, é assim hoje. Basta olhar ao nosso redor para constatarmos essa verdade.

Nunca nos esqueçamos: “a fé, que faz aderir a Cristo e à sua Igreja, é sempre um ato de humildade, expressão de alguém que reconhece ter necessidade de salvação, ato de confiança naquele que nos quer salvar” (Missal Cotidiano). Como nos colocamos diante da mensagem e da pessoa de Jesus Cristo: como sábios e entendidos ou como pequeninos?

Senhor, perdoa-nos pelas vezes que, dominado pela soberba, nosso coração se afastou de ti, colocando a confiança em suas próprias forças e não no teu amor e na tua graça. Faz-nos aderir a teu Filho amado por meio de uma fé verdadeira que nasce de nosso abandono à tua vontade. Amém!
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Nossas orações pelo aniversariante do dia

Ordenação Presbiteral
Pe. José Raimundo Alves (1999) - Jubileu de Prata

Comentários

  1. Deus sempre escolheu os pequenos. Em toda a história da revelação, vemos um Deus que se manifesta na vida dos pobres, dos marginalizados, dos fracos, dos pequenos. Ele é especialista em confundir os fortes. Sempre quis chamar, se revelar aos menores de todos, para fazê-los grandes.

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  2. Leitura do livro de Isaías.
    Deus se revela que Ele é o Senhor do seu povo que não tem força nenhuma maior que a D'Ele.

    Deus sempre nos surpreende com sua iniciativa de amor, como esta, onde sua verdade é revelada em primeiro lugar ao simples e humildes, que a acolhem.

    Senhor, nos perdoe quando achamos que somos sábios sem ti, isso é soberba, e colocamos a confiança em nossas próprias forças, nos ajude a abrir o nosso coração ao teu Filho Jesus e caminhar na fé e na verdade que Ele nos ensina. Amém

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  3. Senhor, ajude- me a viver sempre como filha muito amada de Deus!

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  4. Deus é quem dirige a história de acordo com seus planos e sua vontade.

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