Eternizados pelo testemunho e exemplo

Sexta-feira da 16ª Semana do Tempo Comum

26 de julho

Sant’Ana e São Joaquim – Memória

 

Leituras (próprias):

Eclo 44,1.10-15

Sl 131(132),11.13-14.17-18 (R. Lc 1,32a)

Mt 13,16-17

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins

Celebramos, hoje, a memória de Sant’Ana e São Joaquim, pais da virgem Maria, avós de Jesus Cristo, como ensina a tradição. O pouco que se sabe sobre eles vem, sobretudo, de escritos apócrifos que asseguram tratar-se de um casal fiel a Deus, marcado pela dor de não poder ter filhos. Por sua confiança, fidelidade e lealdade, Deus lhes concede a graça especial de gerar a filha que fora escolhida para ser a mãe do salvador.

Na casa de Ana e Joaquim, disse o Papa Francisco quando esteve no Brasil, “veio ao mundo Maria, trazendo consigo aquele mistério extraordinário da Imaculada Conceição; na casa deles, cresceu, acompanhada pelo seu amor e pela sua fé; na casa deles, aprendeu a escutar o Senhor e seguir a sua vontade. São Joaquim e Sant’Ana fazem parte de uma longa corrente que transmitiu a fé e o amor a Deus, no calor da família, até Maria, que acolheu em seu seio o Filho de Deus e o ofereceu ao mundo, ofereceu-o a nós” (Angelus – 26.7.2013).

O texto do Eclesiástico, escolhido para esta memória, chama nossa atenção para o testemunho dos antepassados. É uma referência como o judeu piedoso entendia a história de Israel, o povo de Deus. Trata-se de pessoas fiéis a Deus e à lei, que, por isso, recebem elogios – são pessoas de misericórdia, com gestos de bondade e que não serão esquecidas (cf. Eclo 44,10).

A história de nossas famílias e de nossas comunidades eclesiais também está cheia de pessoas assim. Recordá-las faz bem e seu testemunho anima-nos em nossa esperança diante das dificuldades e desafios que a realidade nos apresenta. São pessoas de bem ou de misericórdia (cf. Eclo 44,10) que “receberam de Des a bondade e a praticam com os outros” (Bíblia do Peregrino). Isso é que os eterniza. Reconhecemos o valor dessas pessoas em nossas vidas? Construímos nossa história na esteira de seu testemunho?

No evangelho, Jesus, após contar a parábola do semeador, destaca o compromisso dos apóstolos por verem e ouvirem sua palavra libertadora, desejo não alcançado por muitos que vieram antes deles e que “acreditaram e apostaram a sua vida baseando-se na Palavra da aliança” (dehonianos.org.br), sem, contudo, ver a realização da promessa divina em Jesus. Como tem sido nosso testemunho, a nós a quem também foi dado o privilégio da graça de viver a salvação trazida por Cristo?

Ó Pai, nós te agradecemos o exemplo de nossos antepassados de quem herdamos o testemunho da fé e da confiança em ti. Dá-nos crer sempre mais em teu Filho e viver na fidelidade de teu amor e de tua graça. Amém!

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Nossas orações pelo aniversariante do dia

Natalício

Pe. Isauro Santana Biazutti (Paróquia N. S. Piedade - Barbacena)