Trigo, joio e a paciência de Deus

Terça-feira da 17ª Semana do Tempo Comum

30 de julho

 

Leituras:

Jr 14,17-22

Sl 78(79),8.9.11 e 13

Mt 13,36-43

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins

Diante do mal e do sofrimento que ele causa, as reações podem variar de acordo com a relação que cada um mantém com Deus. Há os que os colocam na conta divina; há os que acusam Deus de ficar ausente em seus momentos mais difíceis; há aqueles que perdem a fé enquanto outros fazem das dificuldades, da dor e do sofrimento, oportunidade de superação, ocasião de mudança de vida, tempo de conversão e de volta para Deus.

É disso que nos fala o texto de Jeremias. Vivendo a dura realidade da seca e da guerra que colocam em risco sua vida, o povo reconhece, por meio da prece suplicante do profeta, que só Deus pode salvá-lo. Faz, então, da situação aflitiva, ocasião de autocrítica, reconhecendo seu pecado, e de conversão, reatando sua aliança de amor e fidelidade a Deus.

Muitos de nós também passamos por situações desconfortantes e dolorosas. Como reagimos nesses momentos? Lembremo-nos: “a provação faz voltar a Deus, confiar em sua aliança e promessas; faz pedir perdão e esperar em sua providência” (Missal Cotidiano). Tem sido assim conosco?

A parábola do trigo e do joio, explicada pelo próprio Cristo, evidencia, mais uma vez, que o mal jamais tem sua origem em Deus. Ele é plantado pelo maligno que tenta sufocar o bem plantado por Deus no coração humano, o campo onde é semeada a boa semente para além do mundo como ensina Jesus (cf. Mt 13,38).

É também do coração humano, diz o Papa Francisco, que trigo e joio “se espalham no grande campo do mundo”. E continua: “Com efeito, o nosso coração é o campo da liberdade: não é um laboratório asséptico, mas um espaço aberto e, por conseguinte, vulnerável. Para o cultivar como se deve é preciso, por um lado, cuidar constantemente dos delicados rebentos do bem e, por outro, identificar e arrancar as ervas daninhas no momento certo” (Angelus – 23.7.23)

A paciência de Deus ensina-nos que jamais devemos nos desesperar diante do joio que cresce junto do trigo, às vezes, até mesmo em nosso coração. Os justos, que vivem com fidelidade o amor de Deus, "brilharão como o sol no Reino de seu Pai" (Mt 13,43). 

Senhor, renova nossa esperança em teu amor e em tua graça. Purifica o nosso coração a fim de que se torne terreno propício para acolher a boa semente que nele semeias. Amém!

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Nossas orações pelos aniversariantes do dia dia

Ordenação presbiteral
Pe. Antônio Jesus Vieira (1979)
Pe. Miguel Ângelo Fiorillo (1983)
Pe. Jorge Nato da Mata (1994)

 

 

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