A luz da glória

Terça-feira da 18ª Semana do Tempo Comum

6 de agosto

Transfiguração do Senhor - Festa

 

Leituras:

Dn 7,9-10,13-14 ou

2Pd 1,16-19

Sl 96(97),1-2.5-6.9

Mc 9,2-10

(Acesse aqui) 

Por Pe. Geraldo Martins

Celebramos, hoje, a festa da transfiguração de Jesus que é um convite à contemplação de sua glória que se manifesta como luz radiosa que nunca se apaga. Iniciada no Oriente, no século V, esta festa se estende para o Ocidente no século X e é incluída no calendário romano em 1456, pelo papa Calisto III.

A visão de Daniel indicando a chegada de “um filho do homem” entre as nuvens com “poder, glória e realeza” e a quem todos servem (Dn 7,13s), refere-se, de modo particular, a “um homem que ultrapassa misteriosamente a condição humana”, tendo, portanto, um sentido pessoal (cf. Bíblia de Jerusalém). Mas ela tem também um sentido coletivo, podendo se referir ao povo de Israel. “É assim que Santo Efrém pensava ao dizer que a profecia visa em primeiro lugar aos judeus e depois, ultrapassando-os de maneira perfeita, a Jesus” (Bíblia de Jerusalém).

O próprio Jesus vai aplicar a si esta expressão (Mt 8,20) para se referir à sua vida terrestre (Mt 8,20), à sua morte e ressurreição (Mc 8,31; 9,31) e à sua vinda gloriosa (Mc 8,38; 13,26) (cf. Bíblia de Jerusalém).

No evangelho, Jesus revela a glória com a qual será revestido após sua ressurreição ao se transfigurar no monte Tabor diante de Pedro, Tiago e João. A glória de Jesus é uma luz radiosa que não se apaga. Seduzidos e extasiados por ela, os apóstolos manifestam o desejo de permanecerem ali. 

A voz vinda do alto – “Este é o meu Filho amado. Escutem o que Ele diz” (Mc 9,7) – é a confirmação de Cristo como enviado do Pai. Descer da montanha significa retomar o caminho que conduz para essa glória da qual poderão participar todos os que seguirem a Jesus Cristo de maneira fiel e radical.

Diz o Papa Bento XVI: “A Transfiguração convida-nos a abrir os olhos do coração para o mistério da luz de Deus, presente em toda a história da salvação. (...) Como se afirma nos Salmos, a luz é o manto com que Deus se reveste (cf. Sl 104 [103], 2). No Novo Testamento, é Cristo que constitui a plena manifestação da luz de Deus. A sua Ressurreição debelou para sempre o poder das trevas do mal” (Angelus – 6.8.2006).

Senhor Jesus, faz-nos caminhar sob tua luz resplendente a fim de que um dia, por tua misericórdia, participemos também de tua glória radiosa. Amém!

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Nossas orações pelos aniversariantes do dia

Ordenação Presbiteral
Pe. Tarcísio Mariano Lopes (1965)
Pe. Hélio Augusto Rodrigues (2005)

Comentários

  1. A glória de Jesus é uma luz radiosa que não se apaga nunca!

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  2. Leitura da profecia de Daniel.
    Na vida e atitudes de Jesus, o Pai instala o tribunal, abre os livros, julga a humanidade, mostra-nos o que é bom e o que é condenável.

    Escutando e vivendo o que Jesus nos diz, nós nos transfiguramos e vamos transfigurando, divinizando o mundo.
    Jesus é plenamente humano, nasceu de Maria; é também plenamente divino, ele vem das nuvens do céu. A transfiguração revela essa realidade profunda de Jesus. Ser plenamente humano e divino é o que em Jesus agradou ao Pai, é o que o Pai sonha para todos nós, "este é o meu Filho bem-amado no qual ponho o meu bem-querer transfigurados com Jesus, estaremos transfigurado, divinizando as realidades terrenas, construindo o paraíso sonhado por Deus.


    Senhor, tenha misericórdia de nós e nós ajude a caminhar com a tua luz. Amém

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