Como barro nas mãos do oleiro

Quinta-feira da 17ª Semana do Tempo Comum

1º de agosto

Santo Afonso Maria de Ligório - Memória

 

Leituras:

Jr 18,1-6

Sl 145(146),1-2.3-4.5-6

Mt 13,47-53

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins

Ao reparar como o oleiro refaz o vaso que estragara, o profeta Jeremias compreende o modo de agir de Deus para com seu povo que, com bastante frequência, se deixa levar pela infidelidade, quebrando sua aliança com o Senhor. Tal como o oleiro não joga fora o vaso quebrado, mas usa o mesmo barro para fazer um vaso novo, Deus não despreza seu povo por causa de seu pecado. Ao contrário, é capaz de torná-lo uma nova criatura – “Como é o barro na mão do oleiro, assim sois vós em minha mão, casa de Israel" (Jr 18,6).

Devemos, portanto, colocar-nos nas mãos de Deus como o barro nas do oleiro. Isso implica deixar-nos moldar por Deus a fim de que nos transforme, nos dê nova forma, nos refaça e nos torne criaturas novas. Deus o faz não por mérito nosso, mas tão somente porque é bom e misericordioso. Contudo, quando nos obstinamos, recolhendo-nos em nossa autossuficiência e presunção, e não nos deixamos moldar por Deus, perdemos a oportunidade de ser criaturas novas. Outra alternativa não nos restará senão sermos jogados fora.

No evangelho, Jesus reafirma a paciência de Deus que está disposto a salvar a todos. Ao comparar o Reino como a rede que apanha todo tipo de peixes, bons e maus, separando-os no tempo oportuno (cf Mt 13,47s), Jesus faz-nos compreender que, no mundo, bons e maus convivem juntos, e que a separação se dará no fim dos tempos. Trata-se, portanto, de uma parábola de sentido escatológico.

A parábola mostra que Deus "dá ao ser humano o tempo necessário e suficiente para amadurecer as suas opções e para fazer as suas escolhas” (dehonianos.org). Ele tem paciência para salvar e não se compraz em condenar e destruir. É como o oleiro, sempre pronto e disposto a fazer de nós um vaso novo, desde que nos coloquemos como barro que se deixa modelar por suas mãos. Com isso, o evangelista quer animar a comunidade a fazer uma verdadeira opção por Jesus e por seu reino, trilhando o caminho da conversão e da vida nova. 

Ó Pai, “nós somos o barro e tu és nosso oleiro, todos nós somos obras de tuas mãos” (Is 64,7). Quebra toda nossa resistência e faz de nós um vaso novo a fim de entrarmos no teu Reino e dele fazermos parte. Amém!

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Nossas orações pelos aniversariantes do dia

Natalício
Pe. José Geraldo de Oliveira (Mariana)
Pe. Armando Godinho (Paróquia São Gonçalo - Amarantina)