Discernimento e bom senso

Segunda-feira da 19ª Semana do Tempo Comum

12 de agosto

 

Ez 1,2-5.24-28

Sl 148

Mt 17,22-27

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins 

Vamos acompanhar, a partir de hoje, o livro de Ezequiel, profeta que exerce sua missão junto aos exilados da Babilônia entre os anos 593 e 571. No início do livro, o profeta faz a experiência da manifestação de Deus – uma teofania – através da qual Deus revela sua glória. Os quatro seres vivos descritos pelo profeta  significam “as prerrogativas divinas: a inteligência, a força, o poder, a rapidez” (Missal Cotidiano).

As manifestações de Deus (teofanias) ao longo da história revelam que Deus jamais abandona seu povo. Ele é um Deus próximo que acompanha seus filhos e filhas, especialmente, quando estes enfrentam dificuldades e passam por situações conflitivas e embaraçosas. Somos chamados, também, a prestar atenção às constantes manifestações de Deus em nossa vida. Como sentimos a presença de Deus em nossa vida? Como ele se manifesta a nós no hoje da história?

No evangelho, pela segunda vez, Jesus anuncia sua paixão, morte e ressurreição. Isso entristece os apóstolos que ainda não são capazes de compreender esse caminho pelo qual Cristo passará para nos libertar. Prolongada na dor, no sofrimento e na morte dos pobres e dos que lutam por justiça, a paixão de Cristo é libertação e vida para os que nele creem. Como nos sentimos diante dessa paixão de Cristo prolongada nos pobres?

Na segunda parte do evangelho, Jesus age de modo a não escandalizar em relação à obrigação de pagar o imposto, que era anual e pessoal, destinado a cobrir as despesas do templo. “Se o Templo é a casa de Deus, seu Filho não deve pagar tributo; nem mesmo seus outros filhos. Pagá-lo é concessão, não obrigação” (Bíblia do Peregrino). Ao pagar o imposto, Jesus mostra que é possível “obedecer com liberdade, e não por subserviência, e pagar um justo tributo à convivência humana” (Missal Cotidiano). Somos capazes desse discernimento no cotidiano de nossa vida social? Agimos com bom senso nas situações que o exigem?

Senhor, a contemplação de tua glória anima-nos e renova nossa esperança porque é garantia de tua presença junto a nós. Dá-nos seguir teu Filho Jesus que fez da cruz nossa libertação a fim de que um dia participemos também de tua glória. Amém!     

Comentários

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  2. Leitura da profecia de Ezequiel.
    Deus se revela constantemente a nós, mas nossa mesquinhez impede de vê-lo, comprometê-lo e não nos deixa fazer a experiência de sua transcendência.

    Jesus prediz sua paixão; e o imposto pago ao templo é uma concessão, e não obrigação.

    Senhor, renova em nós a nossa esperança, para assim garantir a tua presença em nós. E dai-nos a coragem de seguir o teu Filho Jesus que nos liberta pela tua Cruz. Amém

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