Cheia de graça!

Segunda-feira da 27ª Semana do Tempo Comum

7 de outubro

Nossa Senhora do Rosário - Memória

 

Leituras

At 1,12-14

Sl Lc 1

Lc 1,26-38

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins

Celebramos, hoje, Nossa Senhora do Rosário, festa instituída pelo Papa Pio V para celebrar a libertação dos cristãos dos ataques turcos, na vitória de 7 de outubro de 1571 em Lepanto. Por isso, a festa era chamada, inicialmente, de Santa Maria da Vitória. Estendida, em 1716, à Igreja universal, foi fixada definitivamente por Pio X em 1913.

A presença de Maria marcou a vida da Igreja desde sua origem. Os Atos dos Apóstolos mostram que, imediatamente após a ascensão de Jesus, ela permaneceu reunida com os apóstolos numa sala, em Jerusalém, onde “perseveravam na oração em comum” (At 1,14). É uma bonita imagem que nos faz compreender porque nossas comunidades têm tanta devoção a Maria. Ela é companheira de todas as horas e se apresenta como intercessora para todos os momentos.

No evangelho, a cena da anunciação nos faz pensar no carinho de Deus para com os pequenos e simples e, ao mesmo tempo, na humildade e fidelidade de Maria à vontade de divina. Não se ufana de ser a "cheia de graça" escolhida para ser a mãe do salvador. Ao contrário, faz-se serva, escrava, colocando-se aberta para que nela se cumpra o projeto do Pai – “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” (Lc 1,38).

Uma das lições que Maria nos ensina aqui é o diálogo que leva ao discernimento da vontade de Deus. Inicialmente perturbada, ouve a missão que lhe será confiada. Sua pergunta ao mensageiro de Deus  “Como acontecerá isso se eu não conheço homem algum?” (Lc 1,34), longe de significar resistência ou oposição, traduz o desejo de conhecer o caminho para melhor responder ao que lhe será confiado. Compreendendo que será conduzida pelo Espírito Santo, pronta e destemidamente diz o ‘sim’ que muda a história da humanidade.

Dada como mãe dos discípulos e discípulas de Cristo, Maria goza de um amor sem medida por parte dos cristãos que a homenageiam de muitas formas. O Rosário, ato de piedade tão popular e de extraordinária força intercessora, nasceu do costume dos cristãos oferecerem a Maria uma tríplice coroa de rosas, lembrando sua alegria, suas dores e sua glória, considerando sua participação nos mistérios da vida de Jesus.

Maria, mãe, querida, ensina-nos a perseverar nos ensinamentos de teu filho e dá-nos disposição para responder sempre sim à missão que Ele nos confia. Amém!

 

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