Comunhão e sinodalidade

Quarta-feira da 27ª Semana do Tempo Comum

9 de outubro

 

Leituras

Gl 2,1-2.7-14

Sl 116(117)

Lc 11,1-4

 

Por Pe. Geraldo Martins

A missão só é verdadeira quando vivida na comunhão que se expressa na sinodalidade, marca identitária da Igreja. Neste trecho da carta aos Gálatas, Paulo mostra isso ao recordar sua ida a Jerusalém para encontrar-se com as ‘colunas da Igreja’ a fim de apresentar-lhes o trabalho de evangelização realizado junto aos gentios e, assim, confirmar “nossa comunhão recíproca” (Gl 2,9). Não vai sozinho, mas acompanhado de Barnabé e Tito. A recomendação de que se lembrassem sempre dos pobres é também sinal de comunhão (cf. Gl 2,10).

A repreensão a Pedro feita por Paulo, em Antioquia, também visa à comunhão, uma vez que Pedro teve comportamento contraditório em relação aos gentios (cf Gl 2,11-14). Isso mostra que a divergência é uma realidade da qual nem mesmo a Igreja pode fugir e que o melhor caminho para resolvê-la é o diálogo franco e aberto, sedimentado na caridade que nasce do evangelho.

Ampliada, sobretudo, com o advento das redes sociais, a evangelização tem alcançado distâncias e corações de forma inimaginável. Vemos, no entanto, crescer divergências que se não forem trabalhadas e sanadas podem levar ao rompimento da comunhão e da sinodalidade que mantêm a unidade da Igreja.

Um os caminhos para perceber se vivemos a comunhão e a sinodalidade é a oração tal como Jesus nos ensinou. Apresentado por Lucas como modelo para toda pessoa que quer rezar verdadeiramente, Jesus ensina aos discípulos a oração do Pai Nosso que revela a dimensão vertical e horizontal da espiritualidade cristã.

Uma lição bonita deste texto de Lucas é que a oração se aprende e os discípulos não tiveram receio de pedir isso a Jesus – “Senhor, ensina-nos a rezar” (Lc 11,1). “Mesmo se rezamos há muitos anos, devemos aprender sempre! A oração do homem, este anseio que nasce de maneira tão natural da nossa alma, talvez seja um dos mistérios mais impenetráveis do universo” (Papa Francisco – Audiência Geral 5.12.2018).

Ó Cristo, guia-nos com teu Espírito a fim de trilharmos os caminhos da comunhão e da sinodalidade, superando toda divergência que ameace a unidade de tua Igreja. Amém!

Comentários

  1. Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas.
    Devemos viver com coerência nossa fé, buscando de fato a unidade entre nós, sem querer fugir de nossas responsabilidades ou daquilo que a fé exige.
    Pelo caminho da unidade da fé e da vida, é que a Igreja cumpre a sua missão e orienta o povo de Deus em nosso tempo e em nossa história.

    A oração do pão partilhado, do Perdão, da Solidariedade e da Liberdade, é que vence toda Tentação do desamor e do egoísmo. Assim a Vida divina chega a vida humana.
    Jesus ensina a rezar a verdade do Reino, e a pedir ao Pai que ele se realize entre nós.
    Se rezamos com fé sincera, trazendo para bem perto de nós tudo que Deus nos comunica: pão, Liberdade, vida, pois o Divino veio para o meio de nós.

    Senhor, nos ajude a abrir à causa do Reino e nos ajuda a trilhar o caminho da comunhão amém

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  2. Senhor, ensina- nos a rezarmos para que possamos colocar em prática a oração do Pai Nosso sabendo viver em meio às divergências. Venha a nós o teu Reino!

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