Guiados e protegidos por Deus

Quarta-feira da 26ª Semana do Tempo Comum

2 de outubro

Santos Anjos da Guarda - Festa

 

Leituras

Ex 23,20-23

Sl 90(91)

Mt 18,1-5.10

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins

Celebramos, hoje, a festa dos Santos Anjos da Guarda. Diz Santo Agostinho: “Anjo é nome de ofício, não de natureza. Desejas saber o nome da natureza? Espírito. Desejas saber o do ofício? Anjo. Pelo que é, é espírito: pelo que faz, é anjo (anjo = mensageiro)” (CIC 329). O Catecismo da Igreja ensina que os anjos são “seres espirituais, não corporais” e que sua existência é “uma verdade de fé” (CIC 328).

São inúmeras as passagens bíblicas que falam dos anjos. Sirvam de exemplo as leituras da liturgia de hoje. Duas coisas chamam atenção no texto de Êxodo. A primeira é a missão do anjo: guardar o povo e guiá-lo em direção à terra prometida (cf. Ex 23,20). A segunda é a atitude do povo em relação ao anjo: respeitar e ouvir sua voz, ou seja, não desobedecer às suas ordens (cf. Ex 23,21).

No evangelho, Jesus apresenta a criança como paradigma de quem quer entrar no reino. Desprezada e desconsiderada pela sociedade, a criança se torna referência para quem quer ser o maior no Reino porque é com os pequenos que Jesus se identifica – “quem recebe em meu nome uma criança como esta é a mim que recebe” (Mt 18,5).

Chama atenção neste texto, a referência que Jesus faz aos anjos que protegem as crianças – “Não desprezem nenhum desses pequeninos, pois eu lhes digo que os seus anjos nos céus veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus” (Mt 18,10).

“Na literatura judaica, a função dos anjos era tripla: adoração e louvor de Deus; agentes ou mensageiros divinos nos assuntos humanos; guardiães dos homens e das nações (Hb 12, 15). Segundo uma crença generalizada, eram poucos os anjos que tinham acesso direto a Deus. Tendo em conta estas premissas, o ensinamento (do evangelho) tem por alvo a dignidade dos pequeninos que acreditam em Jesus: se os seus anjos têm essa dignidade, quanto maior será a dignidade dos crentes ao serviço dos quais eles estão!” (dehonianos.org).

Da mesma forma que recebemos a proteção de Deus, devemos ser como anjos na vida das pessoas a fim de protegê-las e ampará-las, sobretudo, as mais vulneráveis e frágeis. Escandalizamos os pequeninos de Deus quando não os acolhemos e não os reconhecemos como prediletos de Deus.

Senhor, não nos falte a companhia de teus anjos por meio dos quais nos guias e proteges. Faz-nos dóceis às suas ordens e não permitas que escandalizemos teus pequeninos. Amém!

Comentários

  1. Da mesma forma que recebemos a proteção de Deus , devemos ser na vida das pessoas que nos rodeiam pois seus anjos estão sempre nos protegendo e convida- nos a sermos como crianças.

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  2. Ao celebrarmos com toda a igreja os Santos Anjos da Guarda, temos a certeza da proteção de Deus em nossa vida, pois é o seu amor que nos guarda e nos protege. Os Anjos, criaturas de Deus, protegem seus escolhidos. Os Apóstolos dizem que Pedro foi libertado da prisão por um Anjo, Jesus disse que, para os a defesa dos pequenos, os Anjos deles vêem continuamente a face do Pai.

    Leitura do livro do Êxodo.
    Quando Deus nos envia em missão, também nos concede seu amor e sua misericórdia, que nos protegem e guardam no comprimento do Chamado.

    O trabalho em favor do Reino não é poder nem privilégio, mas disponibilidade, coração pobre simples e acolhedor como da criança.

    Senhor, dai-nos um coração simples como de uma criança e que nunca nos falte a companhia de teus Anjos pra nos guiar. Amém

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