Não à ganância

Segunda-feira da 29ª Semana do Tempo Comum
21 de outubro
 
Leituras:
Ef 2,1-10
Sl 99(100),2.3.4.5 (R. 3b)
Lc 12,13-21

Por Pe. Geraldo Martins

Fomos salvos pela graça e pela misericórdia de Deus, não por nossos méritos. É o que nos ensina São Paulo neste início de sua Carta aos Efésios ao afirmar: “Deus é rico em misericórdia. Por causa do grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos por causa das nossas faltas, ele nos deu a vida com Cristo. É por graça que vocês são salvos!” (Ef 2,4-5).

A obra que conta para nossa salvação é aquela que nasce e testemunha nossa fé. Quando o apóstolo diz que somos salvos pela graça, que é dom de Deus, e não pelas obras que fazemos (cf. Ef 2,8-9), ele não está negando a importância e a necessidade de um agir coerente e autêntico que traduza aquilo que cremos. Dessa forma, não há contradição entre o que ele diz e o que São Tiago afirma: “a fé sem as obras é morta” (Tg 2,26). O cristão, portanto, não está dispensado de praticar boas obras a exemplo do Cristo Mestre.

No evangelho, Jesus condena a ganância que leva ao acúmulo e torna a pessoa indiferente em relação à carência e necessidade do outro. O alerta de Jesus – “a vida de um homem não consiste na abundância de bens” (Lc 12,15) – é uma chamada de atenção daqueles que se deixaram seduzir pelo consumismo e gastam sua vida buscando meios de satisfazer seus desejos vestidos de necessidades. Com isso, não têm tempo para servir e amar seus irmãos, especialmente, os pobres e excluídos.

Ninguém pode negar que todos temos necessidade de bens, mas estes “consistem num meio para viver honestamente e partilhar com os mais necessitados”. A parábola de Jesus, portanto, nos convida “a considerar que as riquezas podem aprisionar o coração e desviá-lo do verdadeiro tesouro que está no céu” (Papa Francisco – Angelus, 4.8.2019). Corremos esse risco? Em qual medida?

Lembremo-nos: “Na morte seremos julgados, não com base naquilo que possuirmos, mas no modo com que tivermos realizado nossa vocação, na fidelidade a Deus e  aos seres humanos, pela prática constante da caridade” (Missal Cotidiano)

Senhor, livra-nos da tentação do consumismo, da ganância e da indiferença. Tua misericórdia venha sempre em nosso auxílio para que não percamos a salvação que nos concedes gratuitamente em teu Filho Jesus. Amém!

 

 

 

Comentários

  1. Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.
    Por causa da riqueza de sua misericórdia e de seu imenso amor, Deus tirou-nos dá morte do pecado e fez viver de novo.

    Jesus ensina-nos o que há de mais decisivo em nossa vida: o plano de Deus, que não mede o tanto, que temos, mas o quanto de amor temos para com o irmão.
    São extremamente frágeis os que pensam que tudo pode por causa do acúmulo de bens materiais; mas a vida depende de unicamente da graça de Deus.

    Senhor, dai-nos um coração que saiba perdoar, nos liberta do egoísmo dai-nos um coração livre do acúmulo, da ganância e da indiferença curado pelo amor de Cristo que nos garanteasalvação. Amém

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  2. Senhor, livra - nos da ganância e do consumismo e da indiferença para com os necessitados.

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