Os sinais de nossa libertação

Segunda-feira da 28ª Semana do Tempo Comum

14 de outubro

 

Leituras

Gl 4,22-24.26-27.31-5,1

Sl 112(113)

Lc 11,29-32

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins

“É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5,1). Esse é um tema caro a Paulo que continua orientando os Gálatas sobre a justificação pela fé e não pela lei. Usando a imagem de Agar e Sara, que deram filhos a Abraão, ele recorda que o filho que nasceu de Sara (Isaac) é livre e é dele que descendem os cristãos. Assim, é a fé em Jesus Cristo que salva, não mais a lei de Moisés. Com isso, Paulo “repreende aqueles que se deixam seduzir pela doutrina dos judaizantes, defensores da circuncisão e da lei moisaica” (dehonianos.org).

Devemos compreender bem a liberdade para a qual Cristo nos libertou. Há tantos, hoje, que, muito mais preocupados com a doutrina que com o evangelho, acabam não saboreando a beleza da fé. “Nossa vida, inspirada no Espirito, é chamada a ser fermento de autêntica liberdade, superando velhos legalismos minimamente mortos” (Missal Cotidiano).

Precisamos, como nos indica o evangelho de Lucas, distinguir os sinais de Deus para viver em plenitude a liberdade para a qual Cristo nos libertou. A repreensão de Jesus à multidão que lhe pedia sinais vale também para nós quando buscamos milagres como condição para acreditar.

O sinal de Jonas evocado por Jesus prefigura sua missão. Tal como os ninivitas se converteram à pregação de Jonas, as multidões também deveriam acolher a pregação e os milagres realizados por Jesus e se converter.  

Além disso, “Jonas ficou três noites e três dias dentro da baleia, uma referência a Jesus no túmulo - à sua morte e à sua Ressurreição - e esse é o sinal que Jesus promete, contra a hipocrisia, contra essa atitude de religiosidade perfeita, contra essa atitude de um grupo de fariseus”, lembra o Papa Francisco.

E continua o Papa: “O sinal de Jonas, o verdadeiro, é aquele que nos dá a confiança de sermos salvos pelo sangue de Cristo. Quantos cristãos, quantos são, pensam que só serão salvos por causa do que fazem, por causa de suas obras. As obras são necessárias, mas são uma consequência, uma resposta ao amor misericordioso que nos salva. Mas somente as obras, sem esse amor misericordioso, não servem para nada” (14.10.2013)

Senhor, faz-nos capazes de reconhecer teus sinais e proclamar a fé em teu Filho que nos libertou para a liberdade. Não permitas que sejamos escravos do legalismo que nos impede de ver os sinais da libertação que teu Filho nos mereceu. Amém!

Comentários

  1. Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas.
    Não tenhamos ilusões de liberdade sem o evangelho. É ele que nos assegura a verdadeira liberdade e a dignidade de filhos e filhas de Deus.
    Muitas coisas de nosso tempo podem fazer-nos escravos seus, mas o evangelho dai-nos a plena Liberdade.

    Deus semeou na história da humanidade, sinais que nos levam a salvação. Mas, de nossa parte, temos de corresponder com eles.
    O sinal maior, pleno e definitivo do amor de Deus para conosco chama-se Jesus Cristo; por isso, não nos é necessário nenhum outro sinal.

    Senhor, nos faz capaz de reconhecer o teu sinal e proclamar a fé em teu Filho Jesus Cristo e assim fazer o teu evangelho ser conhecido, amado, e vivido no coração das pessoas, dentro das nossas comunidades e em nossas famílias e assim poderemos viver os sinais da libertação. Amém

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  2. Foi para a liberdade que Cristo nos libertou.

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