Pequenez e anonimato

Terça-feira da 30ª Semana do Tempo Comum

29 de outubro

 

Leituras:

Ef 5,21-33

Sl 127(128),1-2.3.4-5 (R. 1a)

Lc 13,18-21

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins

Em suas recomendações para as relações que devem marcar a vida da comunidade, Paulo começa falando da vida conjugal. Ele compara o amor entre o esposo e a esposa com o amor de Cristo com a Igreja. “Como Cristo ama a Igreja, se entrega totalmente a ela, e a cobre de cuidados e atenções, assim o marido deve fazer com a sua mulher (v. 25); como a Igreja responde ao amor de Cristo com a obediência e a submissão, assim a mulher deve fazer em relação ao seu marido (vv. 22-24). O amor de Cristo pela Igreja é, pois, modelo do amor conjugal” (dehonianos.org).

O amor conjugal que une o homem e a mulher, fazendo com que ambos se tornem uma só carne (Ef 5,31), é um mistério que o apóstolo interpreta à luz do amor de Cristo pela Igreja – “Este mistério é grande, e eu o interpreto em relação a Cristo e à Igreja” (Ef 5,32)

Causa particular incômodo, nos tempos atuais, a orientação de Paulo ao dizer: “mulheres sejam submissas aos seus maridos como ao Senhor” (Ef 5,22). Essa palavra deve ser entendida “no contexto da sociedade patriarcal, em que a supremacia do homem era indiscutível, e a mulher era considerada propriedade do marido (cf. Ex 20, 17s). Com o paralelismo das relações marido-mulher, Igreja-Cristo, a concepção patriarcal assume uma nova tonalidade: a submissão ao marido, repetidamente exortado a amar a mulher, parece assumir o significado de uma resposta ao amor oferecido, mais do que uma passiva sujeição a uma autoridade de que se reconhece o direito natural” (dehonianos.ogr).

No evangelho, Jesus mostra, mais uma vez, que o Reino acontece a partir do que é pequeno, simples e quase insignificante. A minúscula semente de mostarda e a pequena quantidade de fermento são capazes de grandes resultados. Ambos escondem sem si a vida e a capacidade de fazer crescer, basta que uma seja lançada à terra e a outra colocada na massa. Além de sua pequenez, tanto a semente quanto o fermento agem no silêncio, no escondimento, no anonimato. Ninguém os vê agindo. Apenas percebem o resultado de sua ação. Assim deve ser o cristão. Agir no mundo, discreta e anonimamente, mas de tal forma que faça aparecer o Reino que Jesus inaugurou entre nós.

Ó Pai, nós te louvamos pelo amor com que Cristo nos amou, modelo de amor da vida conjugal. Inspira-nos os gestos e ações que tornem presente no mundo teu Reino de amor e de paz. Amém!

Comentários

  1. Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.
    Amar desinteressadamente é tornar-se profeta e uma sociedade marcada pela lei da vantagem e do lucro.
    A união no amor de um casal simboliza o relacionamento de amor que há entre Cristo e sua igreja. Uma família se constrói "por dentro".

    A semente e o fermento trabalham em silêncio, e isso não os impede de crescer; e assim deve ser nossa fé no Reino de Deus presente em nosso meio.
    Semente fermento carregam escondidos a força da vida. Ela trabalha em silêncio, mas faz crescer. Eis nossa missão de cristão.

    Senhor, que tenhamos um coração agradecido a ti, por seu amor e sua bondade sempre presentes junto a nós. Nós faz testemunho do teu amor e da paz no mundo. Amém

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  2. Senhor, ensina-me a ser como a semente de mostarda, mas que eu deixe transparecer o sinal do teu Reino de paz e justiça.

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  3. "Ó Pai, nós te louvamos pelo amor com que Cristo nos amou, modelo de amor da vida conjugal. Inspira-nos os gestos e ações que tornem presente no mundo teu Reino de amor e de paz. Amém!"

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