Unidade e vigilância

Terça-feira da 29ª Semana do Tempo Comum

22 de outubro

 

Leituras:

Ef 2,12-22

Sl 84(85),9ab-10.11-12.13-14 (R. cf. 9)

Lc 12,35-38

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins

Vindos do paganismo, os cristãos de Éfeso ouvem de Paulo que, a partir do momento em que abraçaram a fé, tornaram-se, juntamente com os cristãos vindos do judaísmo, um único povo em Cristo. Com sua morte e ressurreição, com seu sangue, Cristo derruba o muro que separava judeus e pagãos. Os dois povos, a partir de agora, são uma comunidade de irmãos, isto é, a Igreja-comunidade que, em Cristo, encontra a reconciliação e a paz – “vocês já não são mais estrangeiros nem migrantes, mas concidadãos dos santos. Vocês são da família de Deus” (Ef 2,19-20).

Somos chamados a buscar e a viver a unidade que se materializa, entre outros modos, na acolhida e no relacionamento fraterno. Discriminação, preconceito, intolerância são muros que impedem a unidade conquistada por Cristo com seu sangue derramado na cruz. A Igreja, lembra o Papa Francisco, dever ser sempre “a casa aberta do Pai”. Ela não pode ser uma “alfândega”, mas “casa paterna, onde há lugar para todos” (EG, n. 47). Contribuímos para que nossas comunidades eclesiais sejam assim?

No evangelho, o tema da vigilância nos faz pensar em como esperamos o Senhor. Estar com os rins cingidos e as lâmpadas acesas (cf. Lc 12,35) significa a prontidão para ir ao encontro do Senhor a fim de servi-lo. É estar sempre disponível. Quando agimos assim, chegará o dia em que nós é que seremos servidos pelo Senhor que no banquete eterno que nos oferecerá em sua glória (cf. Lc 12,37). Ninguém perde por esperar o Senhor que vem ao nosso encontro, no seu tempo, na sua hora. A nós, basta que esperemos acordados. Isso exige esforço e perseverança.

Contrário à vigilância é a displicência, o relaxamento, a indiferença, o descompromisso com a fé. É preciso ficar atento, pois, “a devassidão entorpece os olhos do coração, dificulta o crescimento e ilude a vida. O torpor espiritual faz perder o sentido da vida atual e futura” (dehonianos.org).

Ó Cristo, por meio da cruz, colocaste fim às divisões e uniste os diferentes. Dá-nos viver a vigilância que nos faz teus discípulos que buscam a unidade e constroem a paz. Amém!

Comentários

  1. Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.
    Jesus uniu assim aos dois povos: judeus e pagãos, fazendo-os participantes da nova humanidade. Ele é a nossa paz do que era dividido, Ele fez uma unidade.
    O anúncio do Reino é para todos os povos, a paz está alcance dos que estão perto e dos que estão longe, e o que era dividido se fez unidade.

    Jesus ensina-nos que é preciso estar disponível à graça de Deus, pois ela é um dom essencial e dispensável para nossa vida.
    É necessário estar sempre pronto à espera do Senhor. Quem crer, não deixa de servir sempre e jamais se afasta da esperança.

    Senhor, nos ajude a nos unir, nos liberta da divisão, nos uni à todos. E nos ajude a sermos vigilantes e nos faz teus discípulos na unidade e na paz. Amém

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  2. Senhor, ajude- me a viver semprena união, na sua luz e na paz sendo sempre vigilante naquilo que contraria sua vontade.

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