Acreditar, esperar e perseverar

Quinta-feira da 34ª Semana do Tempo Comum

28 de novembro

 

Leituras

Leituras:

Ap 18,1-2.21-23.19,1-3.9a

Sl 99(100),2.3.4.5

Lc 21,20-28

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins

O anúncio da queda da Babilônia em Apocalipse quer mostrar que as forças do mal jamais prevalecem. Babilônia, que marcou a memória do povo de Deus por ter sido o destino de sua deportação, tornou-se a cidade “do encantamento, do engano, dos falsos valores, fundada exclusivamente nos bens materiais, no culto do dinheiro, no poder, no sexo, cidade do pecado” (Missal Cotidiano). Nome simbólico, sua queda remete-nos à queda de Roma e nos faz pensar que não há império humano que não caia um dia.

Tudo o que é sustentado pela corrupção e pelo desprezo de Deus, como Babilônia, a grande cidade, verá o seu fim. Não conhecerá a alegria, o canto, a arte, a festa. Tudo será como uma noite infinda (cf. Ap 18,22-23). Quem, ao contrário, deposita em Deus sua esperança, experimentará a vitória sobre o pecado e o mal, e será convidado ao banquete celeste (cf. Ap 19,9).

Esta mensagem do Apocalipse é carregada de esperança. Ela quer animar as comunidades e as pessoas que, às vezes, se sentem sem forças diante dos impérios do mal. Esperar em Deus é o caminho dos que sonham com a vitória sobre os males que os afligem.

No evangelho, os acontecimentos narrados por Lucas são fatos já acontecidos e não, propriamente, uma previsão do que acontecerá. Seu objetivo é estimular sua comunidade a perseverar diante das perseguições sofridas pelos cristãos. De cunho escatológico, esse discurso de Jesus registrado por Lucas aponta para o futuro que espera todos aqueles que perseverarem quando testados em sua fé.

A palavra do evangelista é estimulante diante da destruição de Jerusalém que, como Babilônia, tornou-se símbolo do pecado: “levantem-se e ergam a cabeça, porque a libertação de vocês está próxima” (Lc 21,28). Ao invés de ficarmos lamentando diante das situações que nos desafiam, o caminho é o do colocar-se de pé, prontos para o enfrentamento; do erguer a cabeça, mostrando altivez e determinação. Só é capaz de agir assim quem fixa seu olhar na libertação que o Cristo nos mereceu. Dele é que nos vem a força que nos faz perseverar e vencer.

Senhor, renova nosso ânimo e nossa esperança e não nos deixes esmorecer diante das situações que nos ameaçam e desafiam. Por tua graça, dá-nos participar, no futuro, do banquete das núpcias do cordeiro. Amém!