Alegria da conversão

Quinta-feira da 31ª Semana do Tempo Comum

7 de novembro

 

Leituras:

Fl 3,3-8a

Sl 104(105),2-3.4-5.6-7

Lc 15,1-10

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins

O encontro com Cristo faz-nos perceber que Ele nos basta. Diante dele, tudo o mais fica relativo. Quem o possui, não precisa de mais nada.

Esta é a experiência que Paulo partilha com os Filipenses ao afirmar: “considero tudo como perda diante da vantagem suprema que consiste em conhecer a Cristo Jesus, meu Senhor” (Fl 3,8). Somos, então, convidados a prestar culto pelo Espírito de Deus, a colocar nossa glória e nossa confiança em Cristo e não em nós mesmos (cf. Fl 3,3).

Crescemos na fé na medida em que, realmente, fazemos de Cristo a única riqueza de nossa vida ao ponto de considerar tudo o que possuímos como perda por causa dele. Isso exige confiança e abandono total a Ele. Caminhamos nessa direção?

No evangelho, Jesus nos desafia a compreender sua misericórdia que abraça os pecadores, excluídos e descartados da sociedade com os quais se identifica, acolhendo-os e tomando refeição com eles (cf. Lc 15,2). E por que Jesus faz isso? Porque são esses que o escutam e acolhem sua mensagem (cf. Lc 15,1).

A missão de Jesus é salvar a todos, não deixando ninguém se perder. Sua misericórdia o move a ir ao encontro de quem se perde. A alegria está no encontro que se traduz na conversão. Ele mesmo é quem o revela: “haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão” (Lc 15,7). Somos capazes de compreender isso?

Converter é mudar o coração. Isso, lembra o Papa Francisco, “é um processo, um processo que nos purifica das incrustações morais. E por vezes é um processo doloroso, porque não há caminho para a santidade sem alguma renúncia e sem combate espiritual” (Angelus, 27.9.2020). Estamos dispostos a mudar o coração ou já nos consideramos no grupo dos noventa e nove justos que não precisam de conversão?

Senhor, leva-nos ao encontro de teu Filho a fim de que, na conversão sincera do coração, o reconheçamos como o bem supremo de nossa vida, razão de nosso existir. Amém!