Maria, templo de Deus

Quinta-feira da 33ª Semana do Tempo Comum

21 de novembro

Apresentação de Maria – Memória

 

Leituras

Zc 2,14-17

Lc 1,46-47.48-49.50-51.52-53.54-55

Mt 12,46-50

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins 

A Igreja celebra, hoje, a memória da apresentação de Maria, festa celebrada desde o século VI pela Igreja Oriental e incorporada à liturgia da Igreja de Roma somente a partir do século XIV. Inspirada no Proto-evangelho de Tiago, esta festa faz memória à entrada de Maria no Templo de Jerusalém. Por meio dela, a Igreja afirma que Maria, além de ser um verdadeiro templo onde habita Deus, “nos ajuda a exaltar Deus por sua maravilhosa obra de salvação” (Missal Cotidiano).

O texto de Zacarias, proclamado nesta memória, fala da presença de Deus no meio do povo, fazendo do Templo sua morada – “eis que venho para habitar no meio de ti” (Zc 2,14). Isso é razão de alegria para todas as nações. De fato, nada pode nos alegrar mais do que a certeza da companhia de Deus que nos ama e salva.

A palavra do profeta se cumpre plenamente em Jesus Cristo, o Verbo de Deus que arma sua tenda entre nós, assumindo nossa carne humana. A humanidade de Cristo “é o novo Templo, o novo ´lugar´ da Presença de Deus no meio de nós. Em Jesus, Deus torna-se presente ao homem, e o homem tem o caminho para se tornar presente a Deus” (dehonianos.org).

Para realizar este seu gesto de carinho e ternura para conosco, Deus se serve de Maria em cujo seio o Verbo se faz carne. Ela se torna, assim, o Templo de Deus por excelência.

O evangelho proclamado nesta memória convida-nos a compreender quem, verdadeiramente, faz parte da família de Jesus. Falando às multidões, Jesus recebe a notícia de que sua mãe e seus parentes acabam de chegar e gostariam de falar com ele. Jesus aponta para os que o escutam e diz que seus parentes são os que fazem a vontade do Pai que está nos céus (cf. Mt 12,50).

Longe de desconsiderar a grandeza de sua mãe ao fazer tal afirmação, Jesus a exalta de forma extraordinária e a coloca como modelo de quem, realmente, quer se consagrar a Deus. Afinal, ninguém supera Maria no cumprimento da vontade do Pai de quem se fizera serva (cf. Lc 1,38).

Tampouco Jesus recusa seus laços consanguíneos. Diz Santo Ambrósio: “Não se propõe aqui a recusa ofensiva dos parentes, mas ensina que os laços espirituais são mais sagrados do que os laços de sangue”.

Diante deste evangelho devemos nos perguntar: sinto-me membro da família de Cristo? A resposta dependerá de nossa disposição em cumprir ou não a vontade do Pai que Jesus nos revela ao longo de seu ministério.

Maria, serva fiel do Pai, ajuda-nos a cumprir sua vontade a fim de pertencermos à família de Jesus, teu filho querido. Amém!

Comentários

  1. Leitura do livro do profeta Zacarias.
    Sião e Jerusalém são a mesma coisa: cidade construída sobre o monte, lugar privilegiado onde Deus vem habitar.
    O senhor vem fazer sua morada no meio do seu povo escolhido, por isso ele só pode se alegrar naquele que vem.

    Estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: "Eis minha mãe e meus irmãos". É da família Divina quem escuta e vive a sua palavra.
    Jesus não despreza a família humana, mas coloca em sua base a íntima união com Ele, que é fazer a vontade do Pai.

    Maria nossa mãe, nos ajude a fazer a vontade do Pai e sermos fiéis ao nosso batismo a fim de pertencermos à família de seu Filho Jesus. Amém

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  2. Maria é é continua sendo a Serva fiel por excelência do Pai porque sempre realizou sua vontade sobre Ela.

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