O comportamento do cristão

Quarta-feira da 32ª Semana do Tempo Comum

13 de novembro

 

Tt 3,1-7

Sl 22(23),1-3a.3b-4.5.6 (R. 1)

Lc 17,11-19

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins

Os cristãos devem dar exemplo em como se comportar diante das autoridades, mostrando não serem diferentes dos demais cidadãos e reconhecendo o poder legitimamente constituído. A todos devem tratar de forma pacífica, com mansidão e afabilidade, estando sempre prontos a colaborar na construção da sociedade justa, fraterna e igualitária que seja sinal do Reino que Cristo inaugurou entre nós.

Uma das motivações para tal comportamento está no fato de todos termos sido salvos pela misericórdia de Deus e não por méritos próprios (Cf. Tt 3,5). É o que Tito deve ensinar à comunidade cristã por recomendação de Paulo. 

Estas recomendações lembraram-me a Carta de Diogneto que diz, entre ouras coisas: “Os cristãos não se distinguem dos demais homens, nem pela terra, nem pela língua, nem pelos costumes. Nem, em parte alguma, habitam cidades peculiares, nem usam alguma língua distinta, nem vivem uma vida de natureza singular. (...) Mesmo vivendo em cidades gregas e bárbaras, conforme a sorte de cada um, e adaptando-se aos costumes de cada lugar quanto à roupa, ao alimento e a todo o resto, eles testemunham um modo de vida admirável e, sem dúvida, paradoxal. (..) obedecem às leis estabelecidas, mas, com a sua vida, superam todas as leis”. Longe, no entanto, de compreender tal comportamento como atitude passiva diante de leis injustas e que atentam contra a dignidade humana. 

No evangelho, Jesus chama atenção para a necessidade do reconhecimento da graça de Deus que cura e salva. Ao curar dez leprosos, apenas um volta para agradecer. Foi o único que ouviu do Cristo: “Tua fé te salvou” (Lc 17,19). Os demais foram igualmente curados. Terão sido salvos? 

No ato da cura, três aspectos chamam atenção. Em primeiro lugar, a exclusão dos leprosos que, por causa de sua doença, moram fora do povoado. Eles não perdem a oportunidade. Vendo o Cristo que passa, gritam por Ele. Pedem compaixão. Só esta é capaz de curar. Quem age com compaixão, age com o coração. Em segundo lugar, Jesus não faz nenhum gesto. Apenas ordena que vão se mostrar aos sacerdotes. Eles acreditam e obedecem. Atitude de quem tem fé e confia. Em terceiro lugar é que a cura se dá durante o caminhar dos leprosos. É na caminhada da vida que vamos nos purificando de nossos males desde que em obediência à palavra de Jesus.

Senhor Jesus, faz-nos cristãos autênticos na vivência de nossa fé e, durante nossa caminhada, cura-nos dos males que nos afastam de ti e dá-nos ser reconhecidos e agradecidos por tua misericórdia que nos salva. Amém!  

Comentários

  1. Uma expressão sincera de agradecimento não apenas nos ajuda a reconhecer nossas bênçãos, mas também abre as portas do céu e nos ajuda a sentir o amor de Deus.

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  2. É na caminhada da vida que vamos purificando dos nossos males desde que em obediência à palavra de Jesus.

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  3. Leitura da Carta de São Paulo a Tito.
    Mansidão e docilidade para com as pessoas, porque quanto mais a desenvolvermos em nossa vida, mais contagiosas se tornarão.
    Mansidão e docilidade exigem de cada um de nós constante esforço, paciência, renúncia e sacrifício para que as conquistemos.

    Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro.
    É preciso estar sempre disponível ao dom da salvação, como fez o leproso agradecido. Ao contrário buscaremos o bem só para nós mesmo.
    O leproso voltou Curado voltou para agradecer, pois, pela palavra do próprio Jesus, além da Cura recebeu o dom da Fé e o reconhecimento desse dom.

    Senhor, nos ajuda a sermos sempre gratos a ti e aos nossos irmãos, nos ajude a ir de encontro do seu Filho Jesus e nos faz cristão autênticos na vivência da nossa fé e nos cura para continuarmos na caminhada junto de Jesus. Amém

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