14 de novembro
Leituras:
Fm 1,7-20
Sl 145(146),7.8-9a.9bc-10
Lc 17,20-25
Por Pe. Geraldo Martins
Em primeiro lugar, a caridade. É por meio desta que consideramos a todos como irmãos e irmãs aos quais procuramos servir a partir de sua necessidade. Em segundo lugar, a liberdade que leva a romper as cadeias da escravidão que desumanizam e oprimem a pessoa humana. Por fim, o perdão, pedindo que Filêmon não leve em consideração alguma dívida que Onésimo possa ter com ele.
Com seu gesto, o apóstolo denuncia,
ainda que indiretamente, o sistema escravocrata da cultura de sua época. Interpela-nos
a agir sempre em favor dos que têm seus direitos e sua dignidade violados, dos
que são escravizados por um sistema que cria desigualdade social e por uma economia
desalmada, lembrando que somos todos iguais diante de Deus que nos criou e nos
ama com amor infinito.
No evangelho, interpelado sobre
quando o Reino de Deus se instaurará, Jesus
responde que ele está dentro de cada pessoa, não neste ou naquele lugar, e que
se manifesta de forma simples, sem espetáculos – “O Reino de Deus não vem
ostensivamente. Nem se poderá dizer: 'Está aqui' ou 'Está ali', porque o Reino
de Deus está entre vocês” (Lc 17,20-21).
É interessante como há muitas pessoas
que vão atrás de novidades, muitas vezes, sem reflexão crítica sobre o que se
lhes apresenta. Em tempos de redes sociais, essas novidades multiplicam-se
indefinidamente, também no plano religioso. A todo momento, aparece uma devoção
nova, uma prática devocional diferente, alguns gestos até inusitados. Para
alguns, basta a novidade ter o rótulo de católica para a seguirem sem muita reflexão sobre
seu significado e fundamentação.
Não se aplicaria também a essas
pessoas o alerta que Jesus faz sobre o Reino: “As pessoas lhes dirão: 'Ele está
ali' ou 'Ele está aqui'. Vocês não devem ir, nem correr atrás” (Lc 17,23). O discernimento
é fundamental para não nos deixarmos guiar por uma espiritualidade fluida,
desencarnada, mítica, que não aponta para o Reino.
O Reino que buscamos exige
conversão como lembra o Papa Francisco: “Trata-se de deixar os caminhos,
confortáveis e enganadores, dos ídolos deste mundo: o sucesso a todo o custo, o
poder em detrimento dos mais débeis, a sede das riquezas, o prazer a qualquer
preço. E de abrir, ao contrário, o caminho ao Senhor que vem: Ele não tira a
nossa liberdade, mas doa-nos a verdadeira felicidade” (Angelus, 4.12.2016).
Ó Pai, ensina-nos o caminho da conversão que nos torna praticantes da caridade e da liberdade, sinais de teu Reino no meio de nós. Amém
Amém
ResponderExcluirAmém!
ResponderExcluirLeitura da Carta de São Paulo a Filêmom.
ResponderExcluirA grandeza de uma alma está em considerar o outro como irmão e não mas como escravo, sendo lhe grato pelos benefícios recebidos.
Elogios à bondade, tocam o coração desfazem sua frieza; porque somos chamados a viver como irmãos, na caridade e na fraternidade.
Se o nosso coração permanecer como pedra, frio e sem vida, o Reino de Deus não atinge com intensidade a vida da humanidade.
O Reino de Deus não virá ostensivamente. Nem se poderá dizer: "Está aqui" ou "Está ali",porque o Reino de Deus está entre nós.
Não há nada demais decisivo do que aceitar Jesus Cristo como revelação da eterna Sabedoria divina, sempre presente no meio de nós.
Senhor, nos converte verdadeiramente nos ensinando o caminho da caridade, a fraternidade e a liberdade em ti. Amém
Assim seja..Amém!
ResponderExcluirSenhor, ensina-me a converter sempre na busca do seu Reino.
ResponderExcluir"Ó Pai, ensina-nos o caminho da conversão que nos torna praticantes da caridade e da liberdade, sinais de teu Reino no meio de nós. Amém."
ResponderExcluirAmém.
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