Oração perseverante

Sábado da 32ª Semana do Tempo Comum

 

Leituras:

3Jo 1,5-8

Sl 111(112),1-2.3-4.5-6 (R. 1)

Lc 18,1-8

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins

A terceira carta de São João é um pequeno bilhete dirigido a Gaio, responsável por uma comunidade na Ásia Menor que parece viver uma divisão. Gaio dá testemunho de caridade ao acolher os missionários rejeitados por alguém da comunidade. Daí o elogio de João a Gaio (cf. 3Jo 1,5).

Duas lições podemos tirar dessa palavra. A primeira é que a caridade deve ser o distintivo do agir cristão para com todas as pessoas. Esta se traduz em acolhida fraterna e atenção à necessidade do outro. Pratica a caridade quem sai de si e se faz dom ao outro. A segunda lição é que todos temos o dever de cooperar com a missão. É o que faz Gaio ao acolher os missionários.

Lembra o decreto sobre a missão do Concílio Vaticano II que todos os cristãos devem colocar “suas forças ao serviço da obra da evangelização” e que “o primeiro e mais irrecusável contributo para a difusão da fé, é viver profundamente a vida cristã”. Além disso, o fervor no serviço de Deus e a caridade para com os outros é que renovam a Igreja (AG 36).

No evangelho, Jesus revela que a oração deve ser persistente, perseverante. Para tanto, conta uma parábola que traz dois personagens: um juiz - "que não temia a Deus" (Lc 18,2) - e uma viúva. Esta pede com insistência que o juiz lhe faça justiça. Chama atenção aqui a distância que há entre o juiz, homem do poder, e a viúva, pobre e excluída. Contudo, ela não se intimidou e não considerou essa distância. Sem medo, pedia que ele lhe fizesse justiça (cf. Lc 18,3)

Faz lembrar a distância que há entre nós e Deus. Em Jesus, porém, Deus se fez um de nós, quebrando essa distância. Assim, podemos nos aproximar dele sem medo e com a confiança de que sempre nos fará justiça diante de nossos adversários (cf. Lc 18,3). Movido por amor, Deus está sempre pronto a nos atender em nossas necessidades, livrando-nos de nossas indigências.

A oração, no entanto, só pode brotar de um coração que tenha fé. Entendemos, assim, a pergunta de Jesus: “Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?" (Lc 18,8).

Senhor, nossa caridade seja verdadeira e nossa oração perseverante a fim de sentirmos teu amor e tua graça em nossos corações. Amém!

Comentários

  1. A oração só pode brotar de um coração que tenha fé e muito amor!

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  2. Leitura da Terceira Carta de São João.
    Todo missionário tem necessidade de apoio moral, material e de fé da comunidade. Acolher e ser fraterno é tornar-se cooperador de Deus na redenção.

    É decisivo insistirmos no respeito à palavra de Deus, na acolhida que devemos dar a ela e ao projeto de Deus para com a humanidade.
    Jesus nos mostra que a justiça de Deus é diferente da dos homens é límpida, transparente, imediata, simples. Nós é que complicamos as coisas.

    Senhor, que tenhamos sempre o desejo sincero de provocar a unidade e a fraternidade, a justiça e a paz entre todas as gentes. E que sejamos perseverantes em nossas orações. Amém




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