A autoridade de Jesus

Segunda-feira da 3ª Semana do Advento

16 de dezembro de 2024

 

Leituras:

Nm 24,2-7.15-17a

Sl 24(25),4bc-5ab.6-7bc.8-9 (R. 4b)

Mt 21,23-27

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins 

Balaão é um adivinho das margens do Eufrates, um profeta pagão contratado para profetizar contra o povo de Israel (cf. Nm 22, 5). Ele, porém, reconhece Javé como seu Deus (Nm 22,18) e abençoa Israel (cf. Nm 23,11) ao invés de fazer-lhe mal (cf. Bíblia de Jerusalém).

Neste texto, aparecem dois dos quatro oráculos pronunciados por Balaão anunciando a prosperidade de Israel, simbolizada nos jardins ao longo do rio, nos aloés e nos cedros que crescem junto às águas (cf. Nm 24,6s). Anuncia também a realeza ideal que virá sobre Israel simbolizada numa estrela nova e no cetro que ainda surgirão (cf. Nm 24,17).

No contexto cultural da antiguidade, “um novo astro significava o nascimento de um rei, ou um grande evento da história. Começa aqui a tradição judaica da estrela como símbolo do Messias” (dehonianos.org). Somos, então, convidados a renovar nossa esperança em Deus que sempre cumpre suas promessas. A certeza de que Ele prepara sempre o melhor para nós é que deve nos mover, sobretudo, nos momentos de aflição e de sofrimento.

No evangelho, Jesus é questionado pelos sumos sacerdotes e anciãos do povo sobre a autoridade com que faz as coisas. Trata-se de uma pergunta tão somente para justificar sua rejeição e oposição a Jesus. É o que fazemos quando não aceitamos que as coisas não sejam do nosso jeito. É sempre mais fácil desacreditar o outro do reconhecer que precisamos de conversão.

A resposta de Jesus desconcerta seus interlocutores que reconhecem sua incoerência ao serem indagados como eles veem o batismo ministrado por João Batista. Jesus os desmascara e eles não têm outra alternativa senão ir embora. “Jesus tinha autoridade porque era coerente entre o que ensinava e o que fazia, ou seja, como vivia” (Papa Francisco, 14.01.2020).

Somos convidados pela Palavra a confrontar nossas opções com as exigências do evangelho. Não é verdade que, às vezes, nossas atitudes se mostram contrárias ao que Jesus ensina?  Lembremo-nos de que “o Evangelho desmascara a qualidade de muitas das minhas preocupações, demasiado humanas, que não são ditadas pelo temor de Deus, mas pelo desejo de conservar o poder ou simplesmente ver realizados os meus desejos” (dehonianos.org).

Senhor, renova nossa esperança que nos faz reconhecer a autoridade de teu Filho nas obras que realiza em favor de toda a humanidade. Amém!

Comentários

  1. No Advento celebramos a esperança da vinda do Senhor. Deus é denominado como "aquele que é, que era e que há de vir". Virar para o estabelecimento do seu reino. A chegada de Jesus é o advento desse Reino. Crer no advento é abrir os olhos e o coração para enxergar no mundo os caminhos da história da salvação.
    Leitura do livro dos Números.
    A profecia revela: "uma estrela sai de Jacó e um cetro se levanta de Israel".

    Jesus tinha plena consciência de onde vinha sua autoridade. Para confundir as autoridades perguntou: donde vinha o batismo de João?

    Senhor, nos faz reconhecer a vossa estrada, renova nossa esperança e nos mostra o teus caminhos e vossa estrada, e nos faz reconhecer a autoridade de seu Filho nas obras que realiza em favor de toda a humanidade. Amém

    ResponderExcluir

Postar um comentário