Carregar o jugo de Cristo

Quarta-feira da 2ª Semana do Advento

11 de dezembro de 2024

 

Is 40,25-31

Sl 102(103),1-2.3-4.8.10 (R. 1a)

Mt 11,28-30

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins

Quando a espera é longa e o sofrimento parece não ter fim, a tendência é duvidar do poder de Deus e de sua ação libertadora. É preciso, então, recordar que Deus não falha em sua promessa e que Ele jamais abandona seus filhos e filhas. Isso não significa, no entanto, que Ele dispense a ação humana no processo de sua libertação.

É disso que trata esse trecho do profeta Isaías ao recordar  que Deus “criou os confins da terra”; que “ele não falha nem se cansa” e “dá coragem ao desvalido e aumenta o vigor do mais fraco” (Is 40,28s). Prestes a deixar o exílio, o povo precisa ser renovado em sua confiança no Deus libertador, por isso, o profeta insiste: “os que esperam no Senhor renovam suas forças, criam asas como as águias, correm sem se cansar, caminham sem parar” (Is 40,31).

É provável que a ansiedade de termos superadas as situações de aflições e de sofrimento, em algum momento, tenha nos levado a sentir como que o abandono de Deus. Somos, então, convidados a renovar nossa confiança naquele cuja grandeza, força e poder se manifestam até mesmo diante da natureza (cf Is 40,26). Nossa vida jamais se oculta à misericórdia e à bondade de Deus.

Essa verdade é confirmada por Jesus que nos convida a ir até Ele para encontrar o descanso do peso que carregamos. Só Ele é capaz de tornar leve e suave o fardo que trazemos às costas. Para tanto, precisamos tomar o jugo do Cristo e aprender dele que é “manso e humilde de coração” (Mt 18,29). E qual é o jugo do Cristo?

Seu jugo são “suas exigências, que consistem, principalmente, em partilhar o que temos, em viver para os outros por amor a Deus e alimentar os mesmos sentimentos dele, que é ‘manso e humilde de coração’” (paulus.org.br). Ou, como diz o Papa Francisco: “O jugo do Senhor consiste em carregar o peso dos outros com amor fraterno. Quando recebemos o alívio e a consolação de Cristo, por nossa vez somos chamados a tornar-nos alívio e consolação para os irmãos, com atitude mansa e humilde, à imitação do Mestre” (Angelus, 6.7.14). Temos tomado o jugo de Cristo ou preferimos continuar com nosso próprio peso?

Ó Pai, perdoa-nos pelas vezes que, diante do sofrimento prolongado e da dor infinda, duvidamos de teu consolo e de tua força. Faz que ouçamos a voz de teu Filho e aprendamos dele a humildade e a mansidão que tornam leve nosso fardo e suave nosso jugo. Amém!

Comentários

  1. S ehor creio que seu julgo é suave 3 o peso é leve Aumenta a minha fé.

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  2. Leitura do livro do profeta Isaías.
    O senhor, que fez todas as coisas, dá coragem ao desvalido, é amoroso para com os fracos e cansados, e dá esperança aos exilados.
    Às vezes o sofrimento parece nos tirar a esperança; mas são a grandeza e a fidelidade de Deus que recuperem nossas forças e nos fazem viver de novo.

    Os pequenos e os humilde, os pobres e o simples encontram conforto no Senhor: "Vinde a mim os que estão cansados com o peso de vossos fardos".
    Corramos ao encontro do Senhor, pois ele vem ao nosso encontro para fazermos viver de novo:" Ele nos convida ir até Ele todos nós que estamos cansados e fadigados.

    Senhor, nos anima com a tua Palavra em meio aos nossos sofrimentos, que vivemos a eficaz, e nos sentirmos amparados por ti. Dai-nos um coração manso e humilde como do teu Filho Jesus que torne leve nossos fardos e suave o nosso jugo. Amém

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